Balanço da Temporada – Os portugueses lá fora

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A Festa dos toiros é movida pela tradição intrinsecamente ligada à cultura do nosso país. Vive de rituais, cores, movimentos, brilhos, triunfos, mas também de romantismo.

Na temporada do ano que agora termina, viveu-se um dos momentos que prova isso mesmo. António Palha Ribeiro Telles, membro de uma família de toureiros e fiel representante de um conceito tão seu e tão português… tinha o sonho de actuar na Real Maestranza de Caballería de Sevilla e cumpriu-o em 2023. Presença mais que digna, mas sobretudo, a proeza de conseguir concretizar o objectivo, depois da grande colhida de Reguengos.

Este interlúdio, serve não mais que para introduzir aquilo que é a internacionalização dos nossos toureiros.

Rui Fernandes, Duarte Fernandes e Ana Rita, são agora os líderes em número, mas sobretudo em corte de orelhas no país vizinho, ainda que em praças de tipologias e importâncias dissemelhantes, sendo que os dois primeiros, pisaram arenas de compromisso, não defraudando as expectativas.

Em Agosto, longe dos holofotes de Santo Isidro, actuaram em Madrid toureiros portugueses, mas a verdade é que triunfador neste patamar, houve um, Miguel Moura, confirmando também em Espanha, com o corte de uma orelha, o grande momento que atravessa.

Também João Ribeiro Telles triunfou sempre que fez incursões pelo país vizinho, no ano em que comemorou 15 anos de alternativa.

Se falarmos de capotes e muletas aleados à juventude, contam-se os nomes de Gonçalo Alves e Tomás Bastos, bem como no sector da prata, o de João Ferreira, como o melhor bandarilheiro luso dos últimos anos em terras de Espanha.

Felizmente há outros nomes que de uma forma ou de outra passaram pela tauromaquia do país vizinho ou mesmo França, mas, estes foram os nomes mais sonantes de uma temporada em que o rejoneo perdeu terreno de forma escandalosamente inequívoca.

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