Depois de uma época de folia atrapalhada pela chuva, mas com a boa vontade em colocar a nu os corpos “sequiosos” de samba, eis que hoje se vive o Dia do Enterro do Carnaval.
É uma tradição, em certas localidades mais que em outras tantas, mas visa simbolizar o fim das festividades carnavalescas…
As máscaras caem, o ano continua, as alegrias e contratempos, acontecem tal como antes…
Nada nem tempo mais oportuno do que este, para dizer que na tauromaquia, a máscara caiu. Diria que uma delas, porque há outras para revelação eminente…
A que caiu, chamada Prótoiro, desde há muito tempo que vinha a dar sinais de enfraquecimento do seu samba e calma, que não foi enfraquecimento na qualidade do samba, porque esse, sempre foi fraquinho, sem vitalidade e dançado na penumbra, como sempre foi preferência da dita agremiação. Caiu a máscara até da vontade de fazerem de conta que “aquilo” serve para alguma coisa. Essa alguma coisa, seria a defesa da Festa. Só que não, tudo piorou a “olhos vistos”.
A estratégia, passou por infringir o pânico na tauromaquia e empolar o lobby anti-taurino que de facto existia e existe, mas ao qual foi dado demasiada e até desenfreada visibilidade. Entende-se porquê. Repare-se, que aos fabricantes de armas nunca interessará a paz… É dos livros.
Nasce agora, formalmente, claro está, a Associação de Municípios Taurinos. Capaz, digo eu, de envergonhar qualquer Federação e quaisquer outros amigos que se juntam a fim de sacar algo para ir passar férias a qualquer lado, à conta dos pacóvios da tauromaquia. Chama-se agora, “causa” e na apelidação, até concordo. A causa da visibilidade, da rotatividade dos euros, do protagonismo que não angariaram noutras áreas da vida social…
Pois bem, a Associação de Municípios Taurinos, promete ser a maior e mais credível plataforma de defesa da Festa, da qual participam municípios de diversas cores políticas. Ahhh, pasme-se que agora, os jornalistas com carteira profissional, incitam ao voto em certos partidos e tentam até, desincentivar o voto em alguns outros, porque certas deputadas não pertencem às listas… “Jasus anda cá abaixo ver isto…”. Maria da Luz Rosinha também não faz, e fez muito mais pela Festa do que tantas outras personagens da actualidade.
A tauromaquia lusa, sempre a bailar com as más escolhas e aquelas que rapidamente se tornam obsoletas…
Voltemos ao cerne da questão.
À APMAT – Associação Portuguesa de Municípios com Actividade Tauromáquica, qualquer munícpio poderá aderir, desde que, os seus estatutos sejam escrupulosamente cumpridos e que a sê-los, serão a maior defesa da Festa. A saber, a APMAT “tem como fim principal a sua exploração e promoção, cujo objectivo consiste na afirmação, salvaguarda e promoção da identidade histórico-cultural, patrimonial…”, com principal relevo, na geração de negócio, pela assunção da relevância económica da tauromaquia em casa região onde a mesma se desenvolve.
A máscara Protóiro caiu, as “causas” pessoais, cairão e nasce agora uma esperança de futuro, com consistência, maturidade e sobretudo, menos amadorismo, aquilo que impera na tauromaquia lusa, onde as modas prevalecem e a visão dos “contribuintes” é diminuta.
Feliz enterro do Carnaval!