O mundo está em mudança.
As alterações climáticas por demais evidentes, a guerra na Ucrânia a que se junta agora o gravíssimo conflito no Médio Oriente e ainda, a eleição de Donald Trump trazendo consigo uma panóplia de incertezas, são os factos que parecem marcar a vida de todos nós.
Por entre estas mudanças, algumas terrivelmente avassaladoras, há ainda o grande ‘boom’ da IA – Inteligência Artificial. Este último avanço, pode quiçá ser um dos mais perigosos que a humanidade já viu e num ápice, trabalhos como o meu, o seu e o de tantas gente, pode estar por um fio, por ser cada vez mais desnecessário o saber humano para… quase tudo!
Morreu um aficionado, ilustre mouranense, Marco Paulo e na mesma ocasião, Lisboa e os seus concelhos limítrofes entravam em modo “Gaza” pela actuação da “terrível” polícia. Disto e sobre isto não discuto. Dizem que um jornalista não pode ter opinião, mas, fica a dica. Gosto de “ordem na casa”. Gosto de segurança e até, se saudáveis, de hierarquias. As regras fizeram-se para que sejam cumpridas e ponto!
Pois destas regras deveria viver um estado de direito. Se os jornalistas podem ser acusados criminalmente por difamação, também os outros cidadãos o deveriam ser pelo incumprimento das mais básicas regras afetas à comunicação social. A mim dá-me igual que o empresário tauromáquico “a”, “b” ou “c” não me envie um comunicado a dizer que irá gerir a praça “y” ou “z”, mas já não me dá igual, que atente à liberdade de expressão, banindo o órgão TouroeOuro das acreditações, que sim, tem que fornecer.
Pois este escrito que antecede os balanços da temporada, habitualmente publicados nesta época do ano, é sobretudo uma declaração de intenções. Ou até mais que isso. Duas promessas aos nossos assíduos visitantes, os tais que nos colocam no primeiríssimo lugar do “escalafón da prensa” e de onde saem aqueles que não aguentam… A primeira promessa dá conta de que o TouroeOuro nunca faltará ao compromisso de informar, mantendo absoluta fidelidade à sua linha editorial, à sua forma de abordar a notícia e à sua celeridade na oferta de crónicas e demais conteúdos. A segunda promessa, dá conta de que o fará também e sempre que assim o entendamos, onde os empresários não cumpram o direito que temos, que é nosso num Estado de Direito, o de facultar o direito à informação, de forma equitativa face aos demais órgãos.
Mas atenção e não é uma ameaça. É uma certeza, uma convicção e sobretudo, um murro na mesa. No primeiro evento em que um dos dois únicos órgãos de comunicação não lhe for dado esse acesso, a história irá mudar e de forma absolutamente arrebatadora.
Felizes, contentes com a nossa conduta na Festa, com a nossa verdade e as críticas com vista à construção de algo positivo. Felizes porque não existimos apenas nas redes sociais, onde todos são fortes pela falta de compromisso com a Lei. Felizes porque assinamos tudo. Porque damos a cara. Porque pagamos impostos. Porque andamos de cabeça levantada. Felizes porque não precisamos de almoços fora com os intervenientes da Festa. Felizes porque não vendemos publicidade a preços ultrajantes. Felizes porque somos bons e temos orgulho nisso. Felizes porque há 13 anos que estamos na linha da frente e talvez menos felizes, porque neste momento, isto que aqui escrevo, pretendia ser um Balanço sobre a imprensa taurina em Portugal, mas… Não fosse de nós, falaríamos de quem?