Dalila Rodrigues, Ministra da Cultura, reconheceu esta quarta-feira, em audiência no Parlamento, sobre o Orçamento para o sector no próximo ano, que a imposição da taxa máxima nos ingressos dos espetáculos taurinos é desajustado, sobretudo quando todos os espetáculos culturais são taxados a 6%.
Questionada por Rodrigo Taxa, do Chega, a Ministra da Cultura reafirmou que o atual Governo “não tem a política do gosto”, deixando antever, conforme o TouroeOuro havia já noticiado, que a taxa de iva nos ingressos tauromáquicos passará a ser de 6%.
“Se é uma atividade cultural, há que ter a redução de IVA”, afirmou Dalila Rodrigues, que reconheceu no entanto que a tauromaquia é um tema “altamente fraturante que nenhum partido gosta de enfrentar”.
Na resposta ao deputado coruchense, a Ministra da Cultura salientou no entanto que é importante que “se entendam acerca da tauromaquia, ser, ou não uma atividade cultural”, de modo a que possa terminar a atua discriminação sobre a taxa de IVA dos ingressos.
Questionada sobre o mesmo tema pelo PAN, Dalila Rodrigues não deixou de reconhecer as questões do bem-estar animal presentes da tauromaquia, “é evidente que me preocupa do ponto de vista da sensibilidade, do bem-estar animal e da vulnerabilidade”, referiu, salientando que a atual exposição à violência, por via da “revolução tecnológica” torna “extremamente difícil garantir que a exibição da violência seja evitada. Devemos fazer uma gestão pela paz e contra a violência. Esses são os meus princípios”.
Dalila Rodrigues salientou no entanto que a decisão de baixar ou não o “IVA Tauromáquico” de 23 para 6% passará pelo Ministro das Finanças.