A Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC) apresentou esta quinta-feira, o “Relatório da Atividade Tauromáquica” de 2024, onde como é tradição apresenta os números da atividade por si tutelada, em Portugal Continental.
Luís Silveira Botelho, Inspetor Geral da IGAC, que aproveita a ocasião para agradecer “aos trabalhadores da IGAC que, em 2024, acompanharam todas as tarefas associadas à atividade tauromáquica”, deixa ainda um apelo aos agentes taurinos para que possam continuar “a velar pelo cumprimento das regras que incorporam o quadro legal em vigor, designadamente, ao nível da proteção do bem-estar animal, das condições técnicas e de segurança dos recintos e no funcionamento normal e regular deste tipo de espetáculos em termos que o dignifiquem e ancorados no estrito respeito das normas previstas na legislação que disciplina todos os aspetos que lhe estão associados.”
O Inspetor Geral apresenta ainda os números da temporada, referindo que em 2024 “foram objeto de autorização 164 espetáculos tauromáquicos e concretizados 143.”
“A diferença entre o autorizado e o concretizado, com tradução no cancelamento ou não realização de 20 espetáculos previstos deveu-se, fundamentalmente, a razões de ordem meteorológica”, o que no seu entendimento torna visível que a imprevisibilidade climática “tem vindo a agudizar-se, cada vez mais, dificultando previsões mais certas e seguras nos momentos que antecedem este tipo de espetáculos.”
Além dos 20 espetáculos cancelados pela chuva, há ainda registo de um, na Golegã, que acabou depois por não ser autorizado pela IGAC.
De acordo com os dados disponibilizados foram realizadas em Portugal 114 Corridas de Toiros, 9 Festivais Taurinos, 8 Corridas Mistas, 6 Novilhadas Populares, 3 Variedades Taurinas e 3 Novilhadas.
Vila Franca de Xira foi o concelho com maior número de espetáculos realizados, 9, seguido de Évora, Moita e Moura, cada um dos concelhos com 7 espetáculos realizados.
A nível regional o Alentejo realizou 54,55% dos espetáculos realizados em Portugal (78), seguido da região de Lisboa com 31 espetáculos (21,68%) e a Zona Centro com 20,98%, correspondendo a 30 espetáculos.
Este ano, de acordo com a IGAC houve lugar a 24 espetáculos em Praças Ambulantes e 119 em Praças Fixas, continuando o mês de agosto a ser o mais taurino, com 47 espetáculos.
A empresa Toiros com Arte foi a que mais espetáculos promoveu, 20, seguida da empresa de Ricardo Levesinho com 17. José Charraz e Toiros e Tauromaquia fecham o “pódio”, com 11 espetáculos cada.
João Moura Caetano, com 31 atuações foi o cavaleiro que mais vezes atuou em praça, seguido de Marcos Bastinhas, com 22 espetáculos e João Moura com 21.
Manuel de Oliveira foi o cavaleiro praticante com mais atuações, 11, seguido de Diogo Oliveira (8) e Francisco Maldonado Cortes (7)
Na categoria de amadores, Tomás Moura (5), Vasco Veiga (3) e Miguel Felisberto (2), foram o top três do ano 2024.
No toureio a pé, destaque para Joaquim Ribeiro “Cuqui”, com 3 atuações, Gonçalo Alves, com 2, João Mexia com 5 e João Fernandes com 4.
Duarte Alegrete foi o Bandarilheiro com maior número de atuações, 54, seguido de João Bretes, com 46 e Jorge Alegrias Jr. com 44.
Na categoaria de Bandarilheiro Prataicante destaque para Diogo Fernandes e José Maria Coretes com 24 atuações e para o amador António Caravaca com 7 saídas.
Os Forcados Amadores de Beja e Montemor empataram este ano na liderança dos Grupos de Forcados com 15 atuações cada, seguidos dos Amadores de Cascais e São Manços com 13 cada e dos Amadores da Moita e Amadores de Coimbra com 12.
Marco Gomes foi o Delegado Técnico Tauromáquico com mais espetáculos dirigidos, num total de 18, seguido de Tiago Tavares com 15 e Ricardo Dias com 13.
Jorge Moreira da Silva (39), José Luis Cruz (35) e Ana Gião e Carlos Santana (15), foram os Médicos Veterinários com maior número de espetáculos assessorados.
Comparativamente com os anos anteriores, 2024 foi efetivamente o ano com menor número de espetáculos, 143, contra 166 em 2023 e 175 em 2022.