Dando sequência sempre que se justifique e ainda embriagada pelo triunfo obtido na Moita, em data comemorativa do cinquentenário do grupo que comandou, ocorre-me falar de Tiago Ribeiro.
Moitense, aficionado, conhecedor do toiro e das suas características, homem do bem e sobretudo de bom trato. Tiago Ribeiro foi “tão-só” um dos melhores rabejadores de sempre. E mais, continua a sê-lo e exemplo disso, é a exibição que protagonizou neste sábado, na Daniel do Nascimento.
Tem carisma sem que seja necessário evidenciar-se mas, a descrição de quando em vez é a maior e melhor particularidade do homem que não precisa de andar em bicos de pés quando é bom naquilo que faz. Do poderio intacto de Tiago com os toiros, já ninguém tem dúvidas, mas, a Moita mostrou muito mais que isso e o público, que aguenta tudo e está sempre de parabéns, desta vez está mais, muito mais de parabéns por ter feito justiça. Uma justiça que precisava ser feita a esta personagem de ouro não só do Grupo de Forcados do Aposento da Moita e na sua história, mas na história da tauromaquia falada em português.
Das eventuais “coisinhas” que possam ter motivado a sua saída do Aposento, já não reza a história, a história que sim se rezará sempre, é a que dita o conclave e essa, foi medida com o som dos aplausos, da quiçá maior ovação da tarde.
Tiago, a personagem de ouro que todos idolatram, gostam e respeitam e essa sim, é a parte que valeu, que vale e valerá sempre, numa tauromaquia em que afinal, há memória.