A tauromaquia portuguesa vive, por culpa dos seus intervenientes, um momento muito periclitante, e que como se não bastasse já a falta de interesse, está a levar a tauromaquia a um campo que a deixará completamente isolada da sociedade.
A cada negociação ou acontecimento, fazem-se histórias para ganhar uns trocos, que em nada abonam a tauromaquia, cada vez mais distanciada de ser considerada algo sério e de gente séria, ideia que urge exterminar, se claro, os que sobrevivem da festa, quiserem a sua continuidade.
O “Caso Campo Pequeno”, é o último grito dessa moda, que deveria servir para que os intervenientes refletissem sobre o que pretendem e quem pretendem.
É verdade, não podemos negar, que Luís Miguel Pombeiro, ou melhor, a sua empresa, tem problemas financeiros, que vive um momento delicado, mas também não é menos verdade que é ele que está à frente do Campo Pequeno, a Praça de Touros da Capital, que é necessário, imprescindível mesmo, preservar.
Acreditem em duas coisas que vos dizemos… Luís Pombeiro deixará o Campo Pequeno apenas quando Álvaro Covões quiser, e no dia em que a Praça de Touros de Lisboa deixar de dar corridas, o resto do País irá sofrer muito para conseguir manter a atividade.
É importante que mais que qualquer negociata para comprar o pão de amanhã, todos estejam conscientes disto, e das ações que podem colocar em causa a tauromaquia em Portugal.
José Maria Charraz é há largos meses o parceiro de Pombeiro no Campo Pequeno, depois de algumas semanas de negociação, e de contrato escrito e devidamente validado, com largos milhares de euros adiantados e investidos na temporada.
A ascensão de Charraz no Campo Pequeno, e na tauromaquia – que em breve se estenderá também a Montemor o Novo, caiu mal aos fígados de alguns, que tentaram por todos os meios criar entraves ao negócio.
Aproveitando um momento de desespero de Luís Miguel Pombeiro, houve um apoderado que ao ver os seus toureiros fora da temporada, por estar de “relações cortadas” com Charraz, e através de uma procuração tentou retirar o antigo forcado do caminho de Lisboa, algo que sabe-se agora não só não conseguiu, como colocou os toureiros contratados por Charraz para Lisboa contra si.
Esta terça-feira, durante um jantar que decorreu às portas de Lisboa, os toureiros que haviam sido contratados por Charraz para a temporada do Campo Pequeno manifestaram-lhe a sua solidariedade, garantido que só iriam a Lisboa contratados por si, não aceitando mais nenhuma outra contratação, viesse ela de onde viesse.
Pelo meio houve ameaças e revogações de contratos que nunca existiram, gente que se aproveitou para ganhar dinheiro para comprar o pão para o dia de amanhã, e depois vai-se a ver… e nada!
A estratégia está gasta, é conhecida de todos e já ninguém acredita nela!
Resumindo… José Maria Charraz está de pedra e cal no Campo Pequeno, alias, houve já algumas reuniões com Álvaro Covões e a sua equipa que correram muito bem, enquanto outros, diz-se, foram convidados a sair…
Pena é que o tempo que se gasta com estas cenas que destroem a festa, não seja gasto a promove-la e dignifica-la… mas é o que querem que tenhamos…