Bandarilheiros, peões de brega, subalternos… Prefiro chamá-los de toureiros de prata, porque na verdade, são toureiros, e são sobretudo muito importantes na lide de qualquer toiro, seja na coadjuvação de uma lide a cavalo ou de uma lide a pé.
Em Portugal a tradição de valor neste sector é sobejamente conhecida e felizmente, há qualidade aos “montes”. As escolas de toureio são importantes formadoras de conhecimento e muitos dos bandarilheiros de hoje, quiseram e sonharam ser matadores de toiros. Nem todo, ou melhor, nenhum tempo foi perdido, pois a experiência que muitos adquiriram como novilheiros, confere-lhes hoje, a experiência de leitura das reses, colocando-a ao serviço dos toureiros que acompanham.
Além das competências técnicas, há outras duas características que considero da maior premência. Descrição e categoria na hora de se apresentarem em praça. Como ícone maior da descrição, o primeiro nome que me vem à cabeça é João Ferreira. Muita qualidade em tão pouca vaidade. Falando de categoria e modos na apresentação em praça, surge João Pedro “Açoreano”. Dá gosto ver a solenidade com que se apresenta e com méritos muito firmados em Espanha, principalmente a bandarilhar.
Falando de experiência, inevitáveis são já os nomes de João Prates “Belmonte” e de Duarte Alegrete, encabeçando este nível o decano Curro, ainda e sempre ao serviço da Casa Telles.

