Continuo a achar que em Portugal não há apoderados.
Há anotadores de agenda e que se se descuidam, correm o risco de errar o preenchimento da referida papeleta.
Hoje, muito mais que há uns anos atrás, existe a fortíssima tendência ou quiçá, desespero, dos toureiros que se entregam com privilégio aos apoderados que em simultâneo têm praças. Garantem um número de corridas, dormem um pouco mais descansados, mas “vai-se” a competição e a componente de “dar o litro”. E está tudo bem com a parte da tranquilidade, só não está bem na ausência total de obrigação de dar tudo em prol do contrato na praça “a” ou “b” porque isso afinal, está garantido…
Pois bem, como factos marcantes no que este capítulo concerne, conta-se o rompimento entre Duarte Pinto e Luís Miguel Pombeiro depois de dezoito anos, bem como o rompimento anunciado pelo TouroeOuro como certo, há cerca de um ano, entre os “Rouxinóis” e Rui Bento. Pois bem, enaltece-se o fato de Rui Bento ter levado Rouxinol Júnior a Madrid, eventualmente num cumprimento de um sonho, mas, há que ser justo e não perseguição ao ex-apoderado, é a verdade. Os Rouxinóis com Rui Bento, perderam a essência mas perderam sobretudo contratos e isso, é por demais evidente. Saíram creio que a tempo, porque pelo andar da carruagem, descarrilavam de vez, como de resto acontece aos toureiros que Rui Bento apodera.
Continuamos e como nota positiva, os apoderamentos encabeçados pelos “homens” que não têm praças ou que têm poucas e cujas trocas se tornam assim mais complicadas. Falamos de Rafael Vilhais e Francisco Palha. Vilhais apesar de continuar apenas com o tauródromo das Caldas, tem Palha em todo o lado e isso, é e tem sido positivo para o toureiro. Se aproveita da melhor forma, “isso são outros quinhentos”.
Neste âmbito, eleva-se também o trabalho de Pedro Penedo, pese embora, por vezes seja evidente a troca não no sector dos tauródromos, mas no sector ganadeiro. Vai o toureiro, vão os touros e o resto subentende-se.
E por fim, o apoderado/representante do mexicano Emiliano Gamero, a quem a cada corrida se vê paixão e disso, há já muito pouco…

