Tanto haveria para falar/escrever sobre os Grupos de Forcados.
Que são os verdadeiros e ilustres amantes e defensores da Festa, ninguém tem dúvidas.
Que são os intervenientes diretos na tauromaquia mais consensuais, também ninguém tem dúvidas e é deles, a honra de muitas das vezes e de forma discreta, sem encabeçarem cartazes, levarem gente às praças, com paixão e fervor.
Falar de Forcados neste ano 2025, é falar de Manuel Trindade e do seu precoce desaparecimento. A jaqueta que envergava, a de São Manços, pouco importa, ou melhor, importa, porque é valorosa e com méritos logrados, mas não importa no caso, porque qualquer que fosse a ramagem, seria neste caso, o reflexo e o espelho da mais profunda essência da tauromaquia. O risco aliado à arte. A arte de pegar toiros.
Manuel morreu naquela fatídica noite de Agosto. Sem cometer erros, feliz com toda a certeza, pela galhardia, pela coragem, pela missão… Todos fomos Manuel Trindade. Todos fomos amor.
A vida é isto e a par com os triunfos, vivem de quando em vez as tragédias…
Houve em 2025 efemérides no que a grupos concerne, mas mais que falar disso, opto por falar de dois casos, que e passando a redundância, são isso mesmo, um caso.
Diogo Marques. Grande, enorme jovem forcado que assumiu a liderança da formação chamusquense, substituindo o líder Nuno Marecos. A tarde foi bonita, mas merecia uma moldura humana que fizesse jus ao momento.
A Diogo Marques, junto os irmãos Cortes Pena Monteiro. Na minha conceção do que é um bom forcado, “estes dois” estão lá, nos lugares cimeiros e por entre outras tantas demonstrações e a prová-lo, a corrida de Montemor, sendo eles e só eles que fizeram valer a pena.

