Todos sabem que tenho em comum com Miguel Alvarenga o facto de não ser super fã de Natal. O Natal é para mim um marco, sim, mas no capítulo mais simbólico do que é o nascimento. Nascimento de Jesus, nascimento de esperanças, de intenções e objectivos. Irritam-me as solidariedades pontuais. O hipocrisia da época. As corridas às compras. As obrigações diversas.
Gosto mais da “viragem” do ano. A mentalização de que se quebrou um ciclo e nasce outro, é para mim a alavanca para o sonho.
Sonhemos portanto… sonhemos que este ano não vamos ter choques diversos, avassaladores. Duros e que envolveram de forma “sinistra” personagens importantes da tauromaquia.
Sonhemos que este ano os artistas não afrontarão os directores de corrida, mesmo que não concordem com as suas decisões. Sonhemos que este ano, não se cancelarão corridas porque afinal de contas choveu na bilheteira. Sonhemos, que este ano, os toureiros possam dar tudo sem se negarem a nenhuma “pelea” mesmo e quando as arenas estão boas e os toiros grandes. Sonhemos que o Campo Pequeno não estará refém da falta de dinheiro e por isso até às tantas sem anunciar cartéis. Sonhemos que existe defesa da Festa. Sonhemos que a liberdade de imprensa não seja castrada em praças como a Nazaré, Almeirim, Alcochete e Vila Franca, só porque se quer uma festa encerrada na sua bolha pronta a rebentar. Sonhemos que os triunfos comprados na imprensa passem a ser triunfos de verdade…
Não percamos a capacidade de sonhar. Sonhar com uma vida melhor. Sonhar com uma boa e melhor Festa e um bom e melhor ano 2026… E cuidado com os monopólios, nem sempre a melhor solução!

