Chama-se Luís Fonseca, tem 47 anos, é empresário no ramo da maquinaria agrícola e tem duas grandes aficions. O box, desporto que pratica há cerca de 15 anos e a tauromaquia.
“Kika”, como de resto é conhecido no seio da tauromaquia, é forcado no Grupo de Forcados Amadores de Beja e é, um dos mais antigos forcados no activo.
Inesperadamente, Kika entrou no Big Brother, Reality Show da TVI, tendo sido a estreia no passado Domingo, dia 24 de Março.
O formato pode não ser consensual, sobretudo agora que perdeu a naturalidade dos primórdios deste formato. Longe vão os tempos em que o popular José Maria, de Barrancos, se sagrou vencedor, pela sua pureza e ingenuidade. Agora, o formato é estudado pelos concorrentes, que entram com estratégias diversas de forma a dar nas vistas logo nas primeiras horas de programa.
Pois bem, Kika dizíamos lá atrás, entrou na edição em exibição. É o mais velho de todos os concorrentes na “casa mais vigiada do país” e apesar da enorme panóplia de personalidades marcantes pela ousadia, diferença e controvérsia, também já deu nas vistas e porquê? Pela educação, pela simples mas moderada forma de estar, pela pacatez, pela capacidade de intervenção oportuna e sem chocar os demais, sem ousadias bacocas, sem precisar de elevação acima do extra-natural. Kika é afinal de contas, uma pessoa normal. Só que não. Kika agrada à maioria dos comentadores dos programas dedicados a descortinar o jogo dos concorrentes (menos a Pedro Crispim que constantemente pede a saída de Luís Fonseca), mas, gera menos consenso no universo virtual, motivando reacções menos próprias, elegantes e moderadas de anti-taurinos ou não simpatizantes da tauromaquia.
Pois bem, Kika não perguntou à esfera tauromáquica se seria boa ideia que de repente, se levantasse toda esta celeuma em torno da Festa Brava, mas que importa isso? Kika é livre de ser forcado, como é livre de fazer da sua vida o que bem entender, inclusivamente, de entrar num Reality Show. A nós que nos cabe? Defender Kika e a sua presença no programa até à última instância possível.
Podemos ser rezingões uns com os outros, mas isso somos nós… Outra coisa é “meterem-se” com os nossos e isso, NÃO!
Boa sorte ao Kika e bora lá ajudá-lo a mostrar que os Homens dos touros, afinal são pessoas de bem!