A verdade é que vamos na frente, quanto mais não seja, nos escândalos políticos e nas suspeitas de fraudes nesta ou naquela matéria.
Pedro Sánchez parece querer acompanhar o companheiro e bom amigo Costa e prevê-se que mais cedo ou mais tarde, possa ir “pregar” para outra qualquer realidade, ou quiçá, comentar política em algum canal televisivo.
As escolhas de Sánchez, foram perigosas e agora, mais que a nível político, até a nível pessoal… Nós por cá, só queremos saber de tauromaquia e o ministro escolhido por Sánchez para “cuidar” a Cultura, não foi feliz, repito, para a questão que nos toca, “la tauromaquia“…
Nuestros hermanos reconhecem-nos em muito coisa, embora se achem e verdadeiramente estão, acima de nós em muitas matérias, mas, onde parecemos ser se não melhores, muito bons, é por exemplo no sector dos bandarilheiros. Não esqueçamos que João Ferreira saudou de montera em mão por mais que uma ocasião nesta Feira de Sevilha e isso, não é para todos.
O rejoneo em Espanha
Se os visitantes do TouroeOuro fizerem um périplo por uma qualquer agenda taurina, das muitas que há nos sites do país vizinho, bem como se as comparar com temporadas de tempos idos, rapidamente perceberá a diminuição deste tipo de espectáculo por entre as feiras de prestigio e esse é o perigo.
O perigo de desaparecimento ou de empobrecimento da sua categoria, é que as corridas de rejoneo cada vez mais se realizam nos pueblos e também cada vez mais desaparecem das Feiras em praças de primeira.
Nos tempos áureos de João Moura, cresceu o interesse mas no tempo de Pablo e Ventura, com evidentes armas para manter ou mesmo elevar a competição e em simultâneo o interesse nesta “modalidade”, a verdade é que, não aconteceu e não souberam ultrapassar certas questiúnculas, matando qualquer possibilidade de vitalidade destas corridas de touros.
Não acham estranho, que Ventura tenha logrado o que nenhum outro conseguiu (cortar um rabo em Madrid) e que logo a seguir a empresa madrilena fez cair o número destes festejos, “chutando-os” para as nocturnas de verão para turista ver?
Portugal parece também uma “tábua de salvação” no que concerne ao rejoneo.
Andrés Romero toureou até mais não poder em terras lusas, de forma a colmatar um espaço que evidentemente perdeu em Espanha e agora, o mesmo se passará com Leonardo Hernández, este último com um palmarés a defender… mas é aqui que o vai fazer?
Portugueses em Espanha, também os há, contudo, numa perspetiva a médio prazo, “peligran” as suas participações nos mais importantes elencos. O tempo dirá e oxalá estejamos enganados.
As despedidas de peso
Se no passado ano foi Julián Lopez ‘El Juli’ quem deixou o vazio do abandono, este ano, contam-se duas despedidas das arenas de importante vulto.
Nós por cá, sentimos maior impacto claro está, com a despedida de Pablo Hermoso de Mendoza, mas, Enrique Ponce é talvez, uma “perda” irreparável… “Esse” dificilmente corremos o risco de ver por cá.
Os mais taquillero e o líder de escalafón
O mais taquillero, já se sabe, é Andrés Roca Rey e isso, prova-o a cada casa cheia que proporciona. É um toureiro tremendista, de cabeça limpa e clara, que promove a festa e que se promove a si, a sua imagem e com isso, cria expectativa até nos generalistas.
Uma vez mais pede-se a análise de cartéis e elencos diversos, para perceber que o famoso grupo especial, é agora e mais que nunca, dominado por Roca Rey, Morante de la Puebla, Talavante, Daniel Luque (com uma progressão espantosa da sua carreira…), Aguado e Ortega e é isto…
As lotações
Cuidado! Nem tudo o que cintila é diamante… Sevilha esgotou sete espectáculos e isso é fantástico. Em Madrid, certamente ocorrerá algo semelhante à sua proporção mas, com os tais taquilleros e juntos (Morante, Roca Rey e Talavante), a verdade é que uma praça de tamanho mais diminuto, como a de Mérida, a lotação ficou a três quartos…
A explicação? Duas e fáceis! A primeira é que, o público gasta o dinheiro, mas com a garantia de que vê toiros com trapio, toiros sérios e não aqueles que nestas praças as figuras impõem, por terem menos holofotes e assim, cuidarem a sua condição e integridade física. A segunda, é que as praças dos grandes centros urbanos, são também turísticas e que eles, os turistas, são um imput às lotações.