Eduardo Chibanga foi aquele que maiores atenções concentrou na novilhada realizada na Moita esta tarde calorosa de Domingo e que colocou ponto final à Feira Taurina integrada nas Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem 2024.
Chibanga vive em Coruche, é africano, aluno da Escola Taurina da Moita e dono de qualquer coisa que vai muito para além do que se vê. Foi receber o astado de Mata-o-Demo à porta gaiola, com uma larga afarolada, a que se seguiu outra e um restante bom tércio de capote. Maneiras, diferentes dos demais, carisma e arestas a limar, claro que sim, mas capaz de prender todas as atenções. De muleta e por entre alguma instabilidade que de quando em vez veio acima, exibiu pormenores e faculdades. É cedo, mas pode ser um caso.
Eduardo Chibanga, bandarilhou com solvência, deu nota do seu cunho até nesta matéria. Deu volta com o maioral de Mata-o-Demo.
Actuaram ainda os jovens Manuel León, António Grilo “Toninho” e David Gutiérrez, da Escola de Badajoz; Luís Rivero Muñoz, da Escola de Galapagar e João Mexia, da Escola da Moita.
Todos os “miúdos” estiveram voluntariosos, uns mais “maturados” que outros, mas todos com sonhos e por isso, por aqui ficamos porque os novilhos também põem e dispõem e… descompõem.
Lidaram-se a pé, novilhos de São Marcos, Mata-o-Demo e Canas Vigouroux.
O espectáculo foi inaugurado com uma agradável actuação por parte de Mariana Avó que a cavalo deixou constância da sua já experiência nas lides equestres, sendo esta rês pegada pelo jovem Guilherme Sousa, do Aposento da Moita, ao primeiro intento.
O espectáculo foi dirigido pelo Delegado Técnico Tauromáquico Ricardo Dias, assessorado pelo Médico Veterinário, Jorge Moreira da Silva.
A Praça de Touros Daniel do Nascimento registou uma simpática entrada de público se em conta tivermos que à mesma hora se realizava pelas ruas da cidade, um cortejo etnográfico que certamente “dividiu” atenções.
Fotos: João Dinis