A tauromaquia salvaterrense está em grande destaque no novo Museu do Concelho de Salvaterra de Magos, recentemente inaugurado no Edifício do Cais da Vala Real, em Salvaterra de Magos.
O espaço reúne, em nove núcleos, a mais relevante informação histórica e patrimonial do Município, apresentando, no seu conteúdo museográfico, a descrição das estruturas geológicas do Tejo, Lezíria e Charneca, abordando o Rio Tejo como o elemento estruturante de todo o território e o grande corredor ecológico e mostrando a origem histórica do Concelho e das freguesias.
O Paço Real de Salvaterra de Magos é outro dos temas abordados, com a apresentação de uma estrutura cenográfica que representa simbolicamente o Paço Real e de um vídeo/ recriação de como era esse complexo no século XVIII.
As comunidades ribeirinhas, suas características e tradições, a vertente agrícola com a orizicultura, instrumentos de trabalho, trajes, culturas agrícolas e a festa brava são também temáticas em destaque.
Entre as coleções apresentadas estão diversos artefactos taurinos, com destaque para os toureiros, ganadeiros e o embolador do concelho de Salvaterra de Magos, que dispõem agora de um espaço onde estão destacados.
Na sessão de inauguração, o Presidente da Câmara Municipal de Salvaterra de Magos, Hélder Manuel Esménio mostrou-se muito satisfeito com o concretizar deste “compromisso” e de um “sonho” de há alguns anos, sublinhando que o objetivo é o mesmo que em outros projetos culturais concretizados pela Câmara Municipal: “estudar, preservar, dar a conhecer”.
“Deve ser entendido como o contributo desta nossa geração para as gerações vindouras”, vincou o autarca, destacando que “queremos muito que este projeto seja sentido como pertença de todos” e recordando que “muitas das fotografias, objetos e espólio foi-nos cedido ou emprestado pela nossa população, o que torna este Museu ainda mais nosso”.
Hélder Manuel Esménio acrescentou ainda que “o Museu não é um trabalho acabado e o seu espólio pode, a todo o momento, ser enriquecido” e que o espaço “vale e é complementado com os outros espaços museológicos existentes no concelho, sejam eles municipais ou das associações e espero ainda, que por outros espaços a criar, alguns deles já por nós sonhados para Muge e para o Granho”.
O Museu do Concelho apresenta ainda um espaço didático, onde as crianças são recebidas pela mascote “o Falco” (falcão gerifalte) e são convidadas a estimular a criatividade através de jogos e a explorar conteúdos sobre a Mata Nacional do Escaroupim, a Casa Avieira, os Bordados da Glória do Ribatejo e os trajes, a Falcoaria, “Enfia o Barrete”, numa alusão aos campinos e à Cabana dos Parodiantes, os peixes do rio, as aves, o feriado municipal, a toponímia do Século XVIII e a ler os livros infantojuvenis disponíveis no espaço de leitura.
No final da visita, é distribuída aos mais pequenos a Revista “Voo Picado sobre o Património”, editada pela Câmara Municipal, com jogos e atividades que complementam o espaço e convidam as crianças “a levarem o Museu para casa”.
“A ideia é conseguir transmitir aos mais novos aspetos importantes da história e da nossa identidade, mas fazê-lo de uma forma divertida e apelativa, para que as crianças possam brincar, ao mesmo tempo que aprendem”, explicou o Presidente da Câmara Municipal.