Se ontem assinalámos a “Última Ceia” e hoje a crucificação de Jesus, daqui a três dias, ao terceiro dia, ou seja, Domingo, assinalaremos, nós os cristãos, o renascimento de Jesus. Para sempre chamado de “Domingo de Ressurreição” e coincidentemente, ou não, um dos dias mais taurinos do ano.
Por cá, a data já foi mais taurina que agora, em Espanha e França, é ainda assinalada, como um dos dias ícones da Festa dos Touros e aquele, em que além de se festejar o Renascimento de Jesus, se vai aos touros, com as melhores vestes e quase que com tom meio solene, festivo e glamouroso.
É isto por lá e por cá, gozemos o que temos, enquanto temos…
Em dias como o de hoje, deve imperar a esperança num futuro melhor. Esperança num renascimento de valores, de honestidade, de menos artifícios dispensáveis e bacocos e menos guerras, imagine-se, por tauródromos humildes e que devem assim ser considerados.
As praças de touros, fazem-nos falta. Atenção, todas nos fazem falta, mas relativizando as suas categorias. Não vale a penas deixar cair os tauródromos emblemáticos, disparatando-se por outros, que…
Tudo invertido portanto, ou simplesmente, um “tapa-olhos” para que não nos foquemos no que realmente importa.
Datas sobrepostas, excesso de egocentrismos por entre um faz de conta que estamos todos para o mesmo. Salvar a tauromaquia.
Ainda assim…
Até que a voz nos doa, falaremos. Até que a sensibilidade nos dedos exista, escreveremos e até que a Fé nos acompanhe, acreditaremos na Ressurreição da tauromaquia portuguesa.
Feliz Páscoa a todos!