A Golegã viveu na manhã desta terça-feira, 11 de novembro, um momento de especial significado com a apresentação pública da candidatura da Feira Nacional do Cavalo ao Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial. O anúncio teve lugar no Largo do Arneiro, no coração da vila, e marca um passo decisivo rumo a um reconhecimento há muito desejado pela comunidade equestre e por todos os goleganenses.
A proposta, apresentada formalmente ao Ministério da Cultura no passado dia 24 de setembro, pretende valorizar uma tradição com mais de quatro séculos e meio de história, cuja autenticidade e ligação à cultura rural e equestre fazem da Feira de São Martinho uma das expressões mais emblemáticas do património português. O objetivo final será a futura candidatura à UNESCO, com vista ao reconhecimento como Património Imaterial da Humanidade.
Durante a cerimónia, foi sublinhado o papel da Feira como símbolo identitário e agregador, testemunho da capacidade de preservar o passado enquanto se vive o presente e se projeta o futuro. A candidatura contou com a participação de centenas de pessoas que contribuíram com memórias, fotografias, testemunhos e registos, dando corpo e alma a um legado que atravessa gerações.
O presidente da Câmara Municipal da Golegã, António Camilo, destacou a relevância deste processo, acreditando que o mesmo será coroado de sucesso. “Estamos no caminho certo. A nossa Feira tem um prestígio muito elevado, pela tradição e pela essência que a tornam única no mundo. Estou plenamente convencido de que este processo será aprovado”, afirmou.
António Camilo acrescentou ainda que este reconhecimento trará benefícios a vários níveis, desde o reforço do prestígio institucional da Feira até ao aumento do interesse de patrocinadores e entidades públicas. “Será um passo importante para valorizar ainda mais a Feira e o nosso território. Na prática, já é reconhecida como património da humanidade — apenas falta a certificação oficial”, referiu.
A Associação Feira Nacional do Cavalo, entidade proponente da candidatura, reforçou que a iniciativa representa um compromisso com a preservação e proteção deste legado para as gerações futuras. A Câmara Municipal da Golegã, parceira essencial no processo, partilha essa visão e reafirma que “cada um é guardião de um pedaço deste património”, sendo na união da comunidade que reside a força da tradição que faz da Feira da Golegã um símbolo vivo da identidade portuguesa.
