A DEFESA DA FESTA FAZ-SE SOZINHA
Em Portugal tudo anda demasiado devagar e a única coisa que adquire rapidez, é o tempo.
O tempo que passa e nada acontece. Os tempos que mudam, mas os agentes da Festa, não. Ou melhor, mudam-se alguns rostos, choramos pelos antigos empresários, pela antiga solvência económica que antes era uma realidade e agora uma mentira, mas infelizmente, choramos mais porque pese embora se tenham mudado os rostos, os vícios, os contornos menos claros e outros hábitos estranhos, continuam os mesmos.
A Defesa da Festa é necessária. Mas não nos moldes existentes, ou na verdade, não existentes.
Temos uma Prótoiro, que se esteve moribunda noutras temporadas, nesta esteve verdadeiramente – morta!
A maioria dos aficionados continua a não saber o que é feito da Federação. Não há explicações, partilhas de intenções, demonstração de táticas, resultados práticos dos investimentos feitos. A Prótoiro, imagine-se, a mesma que nas redes sociais “Touradas” promove caras bonitas, mas não promove por exemplo, a estadia de um importantíssimo jogador do Benfica entre barreiras, em Évora, apenas e só porque a imagem é do TouroeOuro. É isto, uma Federação que representa alguns e algumas coisas, mas que não representa todos os que vivem a tauromaquia. Paga algumas publicações, mas as que poderia ter de “mão beijada”, não as partilha.
Talvez falar de uma morte sem direito a ressurreição seja um perfeito disparate, ou talvez não… Talvez seja o mote perfeito, para tirar a conclusão de que a defesa da festa, faz-se sozinha. Dou um exemplo. A morte prematura e estúpida de Manuel Trindade, abriu o diálogo nas redes sociais e levou muitos rostos públicos a falar e opinar sobre o tema. Tudo isto, é a prova provada, de que o amor ao toiro e à tauromaquia, dos seus intervenientes diretos, a sua arte, a sua dedicação, a força e o poder, são quem melhor defende aquilo que amamos. E fazem-no sem oportunismos.
Corridas não transmitidas na televisão? É o exemplo 2025/2026… Todos os anos há um, e não tem sido bom!

