Não prometia ser um ano fácil no que a ganadarias concerne e não foi.
Como momento altamente marcante, contam-se os últimos toiros lidados da ganadaria de Jorge Mendes e a alienação da ganadaria Vinhas, com todos os “medos” que daqui podem advir. A vida é isto e o empobrecimento de raízes é cada vez mais um facto.
Em Portugal continuam a existir ainda assim, nomes verdadeiramente marcantes no campo bravo: Murteira Grave é um deles. Sempre que se anuncia esta ganadaria, o evento ganha importância e isso é sinónimo de prestígio.
Além fronteiras, este ferro e o seu criador, conheceram também logros de relevância maior, bem como a ganadaria Palha, a quem os sucessos garantiram lugar em 2026 na mais importante praça de toiros do mundo, Madrid.
Voltemos ao cerne da questão. O ano duro, de proliferação de concursos de ganadarias de forma a justificar as reses “salteadas”, mas cuja escassez de caraterísticas para concurso, destamparam intenções. Quiçá fosse melhor não vender gato por lebre e dizer tão-só a verdade, ou seja, várias ganadarias elencadas porque assim teve de ser. Ponto!
Um dos mais icónicos concursos portugueses vive-se em Évora. E em Évora resultaram triunfadores Grave e Passanha, cintando eu este exemplo, por ser a tónica.
Continuemos, sempre a acreditar que a preservação do toiro pode e deve “salvar” a Festa, mas sempre que com emoção, mais que tamanho, tipo mais que quilos, sangue na guelra, mais que doçura para investidas controladas.

