As temporadas, esta, as passadas e as futuras, fazem-se de nomes que carregam histórias… Os nomes que marcaram épocas, sentimentos, culturas distintas dentro desta própria cultura que é a tauromaquia e valores singulares, que aportaram ou dão ainda algo à tauromaquia.
A título póstumo houve um nome que andou nas bocas do país nesta temporada, trazido e lembrado pela sua família, não deixando esquecer quem foi Manuel dos Santos, no ano 2025, ou seja, quando cumpriria 100 anos de vida. Manuel dos Santos foi matador de toiros, empresário e mais que digno embaixador da tauromaquia não só no seu país, como na América Latina e nos demais países taurinos da geografia mundial. As suas imagens, feitos e factos, estão agora e além de imortalizados em obras literárias, também imortalizadas numa Casa-Museu, na “sua” Golegã.
Paulo Caetano é outro nome a citar no “meio de tudo isto”. Abriu a temporada no Campo Pequeno, com a propriedade e mérito que sempre exibiu e ali comemorou os seus 45 anos de alternativa. Foi um momento feliz, estando Paulo Caetano, como sempre, em “Senhor”.
E num mundo típica e tradicionalmente de homens, dou destaque numérico às mulheres. São três. Sónia Matias, Ana Batista e Catarina Bexiga.
A primeira delas, um símbolo pioneiro, de irreverência aliado à simpatia e genuinidade. Rompeu barreiras, impôs-se sem imitações e com perseverança conquistou um lugar que é seu e que jamais, deixará de o ser. A segunda, um símbolo de classe e boas maneiras, adotando destaque pela classe e ortodoxia. As duas comemoraram 25 anos de Alternativa e para sempre serão recordadas como mulheres de “M” muito grande.
A terceira é para mim, em particular, um exemplo. Exemplo do que é ter opinião e defendê-la mesmo e quando possa ser dura e não agradar. Um exemplo de fidelidade à tauromaquia e à arte de bem escrever. Um exemplo do que é ser Mulher, num mundo da “escrita taurina”, também ela marcada pelos homens… Este ano, juntou ao seu legado, mais uma obra que vale a pena ler com “apetite” por aqueles que forem aficionados dos bons. A história de uma praça de touros com identidade, a de Arruda dos Vinhos.

