Montijo – A “História” falou mais alto…

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As Homenagens aos Homens dos Toiros são justas e devem sempre cumprir-se em vida… Luís Peixinho, toureiro de prata que acompanhou tantos toureiros, foi homenageado no Montijo, na sua terra natal, sendo descerrada uma placa como tributo.

Mas houve mais e esta, sem desprimor a tantos quantos elevaram o nome de Portugal, foi ao grande, ao enorme João Moura. O palco é-lhe querido. Mas são todos, porque em todos triunfou ao longo destes 45 anos de doutoramento, mas sobretudo de cátedra, de mestria, de louvores diversos… foi, é e será sempre João Moura, o maior de todos os tempos.

Foi precisamente João Moura a abrir a função. Não gosta de perder e a competição é um dos seus elixires. Bem em compridos, em curtos e até no “cheirinho de ladeios”…
Moura Júnior, esteve muito bem a receber o oponente, em curto e com brega a duas pistas fez soar os primeiros aplausos… Bem na lide e conceito da mesma.
Juntos, pai e filho deixaram as bandarilhas da ordem, com ritmo, estando fiéis ao estilo mourista.

Luís Rouxinol é outro dos tais… Perder não é vocábulo que utilize e foi dele, um dos grandes momentos da entretida noite. Com o Douro armou o taco junto do “seu” público… Terminou com um par de bandarilhas e palmito, por entre ladeios vistosos.
Rouxinol Júnior andou poderoso na função a solo. Recebeu o oponente à porta gaiola, sendo que o toiro perseguiu a sua montada com afinco e velocidade, criando emoção e ovação estridente. Bons compridos e soberba brega… Muito bem, com um triunfo assinalável.
Juntos estiveram ritmados e com dinamismo, bem como foi notória a coesão entre ambos. Rouxinol Júnior terminou com um par de bandarilhas e seu pai, com um palmito.

As pegas estiveram a cargo dos Grupos de Forcados da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, Amadores de Cascais e Amadores de Monforte.

Vestindo a jaqueta da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, foram na linha da frente: Pedro Tavares, ao segundo intento e; João Paulo Marques com uma tentativa, dobrando as duas iniciais de Diogo Filipe.

Pelos Amadores de Cascais, pegaram de caras: Afonso Cruz, à quarta tentativa e; Carlos Dias, à segunda com brilhantismo.

Representando os Amadores de Monforte, estiveram Nuno Toureiro, ao segundo intento e Gonçalo Parreira, à primeira tentativa.

O curro de toiros da ganadaria Canas Vigouroux, foi um dos triunfadores do espectáculo, sendo a representante da ganadaria premiada com volta à arena no final da corrida. Curro sério, de seis jaboneros, de apresentação irrepreensível e de jogo muito semelhante entre si e cumpridor, apenas com escassez de força…

Cerca de dois terços de lotação, ou seja, uma boa entrada de público, tendo em conta que esta data, não é tradicional pelas bandas do Montijo.
Corrida entretida, mas ainda assim, longa em demasia, onde a “História”, falou mais alto…

O espectáculo foi dirigido pelo Delegado Técnico Tauromáquico Tiago Tavares, assessorado pelo Médico Veterinário, José Luís Cruz.

Fotos: João Dinis

(Nota: Por motivos técnicos não é possível apresentar as imagens do quinto touro e sexta pega, que apresentaremos mais tarde)

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