A vinda do Papa Francisco a Portugal, gerou, como quase sempre, opiniões diversas e antagónicas… Na religião de cada ninguém deve “meter a colher”, mas a verdade é que, não creio ter sido exactamente a vinda do Papa a gerar as tais adversidades, mas sim, os custos elevados, suportados por um país que sempre que organiza um evento do género, supera em custos o de organizações homólogas feitas por outros países.
Pois bem, religiões à parte, há duas verdades inegáveis. Todos falam de Portugal além-fronteiras e todos, teremos que reconhecer que o evento acolheu interesse e que afinal não era uma utopia.
A religião católica, vence portanto o desafio e a juventude, inundou-nos a todos e mesmo que não “deixem cá” muito dinheirinho, deixam alegria, dinamismo, pluralidade, aquilo que os taurinos sempre defenderam… pluralidade, respeito, igualdade e liberdade de opções…
Falávamos das Jornadas Mundiais da Juventude, mas, cuja expressão maior, é a vinda de um Homem igual a mim, igual a si, mas com um carisma singular, uma sabedoria muito acima da media, uma bondade intrínseca e uma assertividade exemplar…
O líder da Igreja Católica, não nos esqueçamos, é também um chefe de estado e fazedor de opinião. Aquilo a que agora, vulgarmente se chama de influencer, com um nível de seguidores invejado por qualquer popstar…
Diz Francisco, que devemos ter a capacidade de criar e eu, particularmente, gosto disso. Criar, fazer diferente, talvez fazer melhor ou ter pelo menos a intenção disso mesmo.
Aproveitando a deixa, adopto a ideia e sim, até na tauromaquia é preciso criar, fazer mais e melhor, mas sobretudo diferente. Se um cavaleiro merecer música ao primeiro comprido, porque não dá-la? Recordo-me de Rouxinol Júnior no Montijo, naquele que foi o momento da corrida… Teve música ao segundo curto. Em Caldas da Rainha, a bitola foi a soma de compridos e curtos, até chegarmos ao quarto ferro. Aconselha Francisco: menos doutrina bacoca e mais sensibilidade.
As Homenagens deverão ser curtas, mas sentidas. As feiras, montadas consoante o que o povo quer e gosta e não apenas conforme os interesses dos empresários/ apoderados/ patrocinadores…
Está na hora de viver isto de outra forma, com maiores sensibilidades, com sentido critico e sem aproveitamentos pessoais.
Já agora, vivamos a mensagem do Papa Francisco de forma a convencermo-nos que a Prótoiro já seguia esta máxima há muito tempo e que afinal, sempre esteve muito à frente na questão das praças perdidas e jamais recuperáveis (Setúbal, Viana do Castelo, Cascais, Póvoa de Varzim, Albufeira e parte do Campo Pequeno…)!
“Não chores pelo que perdeste, luta pelo que tens. Não chores pelo que está morto, luta por aquilo que nasceu em ti. Não chores por quem te abandonou, luta por quem está contigo. Não chores por quem te odeia, luta por quem te quer. Não chores pelo teu passado, luta pelo teu presente… Não…!”
Papa Francisco