Os empresários taurinos portugueses e os forcados, associados na Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF) estão novamente de costas voltadas, depois dos grupos terem alegadamente aprovado em assembleia geral um aumento dos seus caches, na ordem dos 40%, o que no entendimento dos empresários é mais um custo num espetáculo que vive maioritariamente da bilheteira e está cada vez mais a ficar insustentável.
Vários empresários relatam ao TouroeOuro que a situação, aleada ao aumento do preço dos touros, conforme noticiamos anteriormente, e ao IVA a 23% dos ingressos, está a tornar a organização de espetáculos tauromáquicos bastante difícil.
Ao que o TouroeOuro apurou, um grupo de empresários prepara-se para apresentar à Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos (APET) uma solicitação de assembleia, onde querem fazer aprovar uma posição que lhes permita poder contratar grupos de forcados não associados na ANGF, “rasgando” assim o acordo entre associações, de toureiros, ganadeiros, empresas e forcados.
Os empresários propuseram à ANGF um aumento dos cachets faseado, algo que terá sido negado pela Associação de Forcados, que pretende ver aumentados os valores cobrados pelos forcados amadores.
De acordo com alguns empresários esta situação pode provocar que os forcados possam arranjar “esquemas” para pegarem algumas corridas, como a venda de bilhetes ou angariação de patrocínios, contrariando assim as pretensões da ANGF.