Se alguma réstia de dúvida ou esperança existisse, a Câmara Municipal de Viana do Castelo dissipou-a esta semana, com a visita às obras da “Praça Viana”, polivalente desportivo que ocupou o lugar da Praça de Touros de Viana do Castelo, cujo último espetáculo decorreu em 2009.
Apesar da Federação Protoiro ter, ao tempo, anunciado a entrada em tribunal de um processo de reversão da demolição do tauródromo, que até há data nada se sabe, o Município de Viana do Castelo apresentou na passada sexta-feira o resultado final de uma obra de 5 Milhões de euros, colocando um ponto final à tauromaquia naquele concelho.
O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, visitou a antiga arena que foi reconvertida numa área desportiva útil de 3.800 metros quadrados e cerca de 65 metros de diâmetro.
De acordo com a apresentação efetuada pela autarquia, o piso 0 conta agora com áreas comerciais destinadas a comércio e serviços, com acesso pelo exterior e independentes do edifício principal; receção, secretaria e administração; balneários; salas de treino / aquecimento; área de Ginástica Rítmica e Artística / Campo de Jogos; área de Ginástica de Trampolins e Saltos; campo de jogos e área técnica. Já o piso 1 tem uma bancada de 240 lugares, sala de troféus, restaurante, bar, cozinha e instalações sanitárias públicas.
A reconversão da antiga praça de touros, desativada desde 2009, foi integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), candidatado a fundos comunitários do Portugal 2020. De acordo com a memória descritiva do projeto, o mesmo foi elaborado tendo como base o edifício existente e mantendo as caraterísticas arquitetónicas do mesmo ao nível da fachada exterior e volumetria. A forma, a implantação, e a estrutura principal do edifício atual foi mantida, mas a função adaptada à nova vertente desportiva.
A Praça Viana resulta numa parceria com a Escola Desportiva de Viana, assumindo o espaço uma dupla função, já que durante o dia e nos períodos de atividades letivas está ao serviço da comunidade escolar, sendo depois utilizado como equipamento de apoio às atividades da EDV, coletividade que conta atualmente com 1.300 atletas.