Com os elevados preços que as ganadarias portuguesas estão a pedir pelos seus curros de touros, muitos empresários gestores de praças de segunda e terceira categoria, sobretudo no Alentejo, poderão ter que vir a recorrer a ganadarias espanholas para manter viva a tradição, em muitas localidades onde a tauromaquia é a única manifestação cultural que assistem ao longo do ano.
Sabe o TouroeOuro que vários empresários fizeram já algumas incursões a Espanha, onde viram ganadarias de “menor cotação”, mas onde os produtos saem com uma diferença significativa de preços, que compensa ainda assim, apesar do pagamento da inscrição na Associação de Criadores de Touros de Lide.
Os empresários, que gerem praças com capacidade entre os mil a dois mil espetadores, fazem agora “contas à vida”, de modo a poder dar continuidade à tradição em praças onde a gestão tem que ser muito criteriosa, tendo em conta a pouca receita que a mesma apura.
Este sábado, 17 de fevereiro, muitos ganadeiros da Península Ibérica vão reunir-se em Évora, onde certamente a cotação dos touros serão um tema a debate.