Embora a Direção Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) não considere, para já, a situação extremamente grave, o facto de desde julho terem sido identificados vários casos de doença hemorrágica epizoótica em inúmeras explorações de gado, sobretudo no norte do país pode mesmo vir a afetar o transporte de touros entre as ganadarias e as praças de touros.
Neste momento, e de acordo com os números mais recentes anunciados pela DGAV foram afetadas 171 explorações de gado, sobretudo a Norte do país, não havendo ainda conhecimento formal de nenhuma ganadaria brava.
A Sul do distrito de Leiria não foi ainda conhecida nenhuma situação, pelo que a DGAV tem autorizado todos os transportes entre os distritos de Faro e Leiria, e condicionado ou proibido o transporte de gado bovino entre Leiria e Chaves.
Susana Pombo, Diretora-geral de Alimentação e Veterinária refere que a doença, identificada pela primeira vez em Portugal em 2023 é transmitida pelos mosquitos, situação que está a ser acautelada pela industria farmacêutica, tendo a DGAV autorizado a utilização de uma vacina.
A responsável esclareceu que a doença só afeta animais e não humanos e aconselha a que se vigiem os animais diariamente, de modo a confirmar se os animais não coxeiam, têm falta de apetite ou úlceras na boca, sintomas que podem revelar que estes foram infetados.
Para já, e para o que resta da temporada não está prevista nenhuma restrição nas ganadarias, que na sua esmagadora maioria se localizam no Ribatejo e Alentejo.
Em Zafra, o Governo da Extremadura proibiu mesmo a presença de animais na Feira Agrícola, autorizando no entanto que se possam realizar as corridas de touros.