Juanito apresenta a sua versão dos factos para o “caso Vila Franca de Xira”

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O matador de touros português João Silva “Juanito” utilizou as suas redes sociais para dar conta da sua “versão dos factos” sobre o “caso Vila Franca de Xira”.

Num comunicado com vários pontos o toureiro frisa que esteve desposto a tourear, até o sobrero de Veiga Teixeira, mas que a empresa não terá acedido.

Leia na íntegra o comunicado de Juanito:

Derivado à suspensão da corrida de hoje em Vila Franca de Xira, depois de sair o comunicado de suspensão por parte da empresa organizadora nas redes sociais, e depois de inúmeras mensagens recebidas, passo a esclarecer:

A razão da suspensão da corrida, segundo o comunicado emitido pela empresa nas redes sociais, “deve-se à não aceitação por parte dos matadores de toiros em lidar os toiros aprovados segundo o RET”.

1° – No dia 3 de Setembro, o vedor do toureiro, bem como o próprio, viajaram até à ganadaria Nuñez de Tarifa na província de Sevilha, onde lhes foram mostrados 4 toiros.

Visto isso, liga-se à empresa a comunicar que estão vistos os animais, alertando e perguntando se, no caso de reprovação de algum toiro, se na praça havia mais e disseram que não havia problema.

2° – Na sexta-feira, dia 27 de Setembro, a equipa do toureiro é informada que não vai nenhum sobrero nem mais nenhum toiro da ganadaria titular (Nuñez de Tarifa), entra em contacto com a empresa e a mesma diz que vai um sobrero de uma outra ganadaria ainda por decidir. 

Seis dias depois, a empresa decide que o sobrero será da ganadaria Condessa de Sobral, ao qual damos o ok, pela qual há quatro toiros da ganadaria anunciado e um sobrero de outra ganadaria.

3° – No dia da corrida (hoje), antes do sorteio, as autoridades reprovam um dos toiros da ganadaria Nuñez de Tarifa, só sendo aprovados três toiros da mesma e entrando nessa corrida o sobrero de Sobral, ao qual os toureiros continuam a aceder, deparando-nos com a questão as quadrilhas de que não há agora sobrero para a lide apeada.

4° – Deparando-nos com a dita situação, a directora de corrida diz que a única possibilidade é que o sobrero de cavalo passa para a lide apeada pela falta de sobrero da ganadaria titular ou algum outro destinado para a lide a pé. O director de lide a pé declina a possiblidade de que um toiro sobrero para a lide a cavalo entre de sobrero para a lide apeada, sendo duas coisas totalmente distintas. 

Por solidariedade e respeito com o companheiro, o apoderado do toureiro “Juanito” une-se à decisão e apoia o mesmo, e ambas as quadrilhas buscam solução: ou bem de aprovar o toiro reprovado que pudesse entrar de sobrero, ou buscando outro sobrero de última hora.

A empresa diz que não há tempo para a proposta apresentada pelo apoderado do director de lide de trazer um toiro sobrero de outra ganadaria.

5° – Depois de quase três horas a procurar uma solução à borda da suspensão, o toureiro.

“Juanito”, numa decisão por respeitar o maestro e ajudar a empresa a dar-se a corrida, dirige-se ao seu apoderado e ao apoderado do maestro Daniel Luque a expor a vontade, para benefício do espectáculo, que se sorteava com o sobrero destinado para lide a cavalo, e no caso de alguma infelicidade de que um toiro titular do maestro Daniel Luque fosse devolvido, o próprio “Juanito” lidaria ele o dito sobrero, deixando assim um dos seus toiros de Nuñez de Tarifa para a lide do maestro. Solução proposta por “Juanito” e que o apoderado do maestro Daniel Luque aceitou.

Por volta das 14h30, comunicamos a dita decisão à empresa e a qual diz aos dois apoderados que a empresa tinha a última palavra e havia que respeitar e que a corrida ficava suspendida.

Esta é a verdade que conhecem todos os presentes.

Portugal é o meu país, que amo profundamente e respeito e a que estou muito agradecido. O desejo de tourear hoje em Vila Franca, praça que me lançou e acarinhou, era enorme. Espero que nos encontremos rápido!

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