Pensei, repensei e voltei a pensar…
Pensei sobretudo se valeria a pena abordar um tema sem conteúdo em Portugal. Pensei se valeria a pena dizer o que todos os aficionados já sabem e que é o facto de não haver verdadeiros profissionais do apoderamento. Delineadores de estratégias, construtores de carreiras, garantias de sonhos.
Requisitos para a função:
1 – Deter concessões de praças de touros;
2 – Ser capaz de fazer alianças com outros pares, de forma a garantir trocas;
3 – Telemóvel;
4 – Capacidade de organização, de forma a durante outra qualquer atividade profissional fazer apontamentos;
5 – Ter plafond para adiantar dinheirinho para que o carrocel ande.
Posto isto, não será demais falar em dois enormes exemplos.
O primeiro deles, o positivo, num homem cujo papel transcendeu em muito o papel de apoderado. Foi fiel. Foi amigo. Foi “pai”, foi profissional. Foi sério. José Carlos Amorim.
O segundo deles, o negativo. Rui Bento, aquele a quem o currículo garante o maior número de insucessos: Tiago Carreiras, João Maria Branco, Eduardo Gallo, Juan del Álamo… Todos com os dois pés fora da tauromaquia. Ferrera salvou-se pelo palmarés respeitado de que era já detentor, bem como Moura Júnior, a quem lhe valeu ser o gestor do Campo Pequeno.
Com os Rouxinois, não lhes acrescentou, muito pelo contrário. Deu-lhes menos, muito menos do que algum dia tiveram…