Terminámos a temporada. É portanto, altura de balanços e este ano a Golegã promete trazer muitas novidades…
Ah, terminámos não, dia 9 ainda haverá um espetáculo que é bem o espelho em que se encontra a tauromaquia portuguesa…
Quanto de um festival na Golegã, que vale o que vale e acrescenta zero à tauromaquia portuguesa, parecem querer fazer um “filme”, está tudo dito…
Quando os dados oficiais, divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística, entidade oficial portuguesa, revelam que a tauromaquia tem um “peso marginal” na economia, ao contrário do que foram apregoando ao longo dos anos, e parece que nada interessa à Federação Prótoiro, também parece que está tudo dito…
Aliás, na Festa dos Toiros, em Portugal, interessa mesmo é DIZER POUCO!
Por falar em Prótoiro… apregoados votos de mudança, mas aparentemente tudo na mesma… ou um pouco pior…
A diferença… deixámos de ter o Milheiro… temos um sobrinho… agora transformamos a coisa numa “cena” familiar e ficamos a acreditar que vamos mudar tudo…
A Prótoiro necessitava de “peso institucional”… uns bons “embaixadores”, uma boa estratégia, pessoas certas no sitio certo… mas insistem em continuar com “mais do mesmo”, não vá alguma importância bacoca fugir…
Ninguém parece querer debater questões fulcrais na tauromaquia… caímos num acomodamento tal, em que o que importa é os triunfos que só acontecem nos ecrãs e na cabeça de alguns. Dizer que a praça cheia ainda que as fotos digam que estava meia e fazer de conta que não há problemas estruturais, que não há dívidas, que é um espetáculo cheio de patrocinadores.. que… que… que para isto não contem de certeza com o TouroeOuro!
Porque cada dia a mais é, de certeza, um dia a menos na tauromaquia. É cada vez mais urgente que os agentes taurinos entendam de uma vez por todas que têm que se sentar e debater temas de fundo sobre a Festa.
Há que aceitar e encarar que é cada vez mais difícil, a um aficionado ou não, estar nas incómodas praças de touros portuguesas. São antigas e nunca se modernizaram, não acompanharam os tempos e estão todos os dias a perder para as grandes salas de espetáculos, onde a comodidade para o espetador é cada vez maior. É urgente encontrar solução, seja com fundos europeus, ou outras formas de financiamento, e modernizar as praças de touros!
Há que encarar que a “economia taurina” é cada vez mais uma utopia. Os cavaleiros, se não fizerem um negócio com cavalos ou tenham outra fonte de rendimentos, pura e simplesmente não sobrevivem.
Todas as “grandes figuras” este ano ou fizeram negócios de cavalos, venderam terrenos ou património, ou então estão em sérias dificuldades!
Com menos dinheiro para os cavaleiros, menos recursos e menos atrativos e competitividade e qualidade do espetáculo a descer. Basta ver a forma como “de uma ponta à outra” se promove a Festa.
Os empresários igual, queixam-se do IVA, mas esse é o mal menor. Pura e simplesmente o espetáculo não gera valor e em cada final de temporada as dívidas acumulam-se, vão passando de ano em ano… até quando?!
É urgente que se mudem os paradigmas, que se crie “valor” na tauromaquia, que se repense o espetáculo, onde ninguém aguenta estar mais de três horas, e no final “nada ter visto”.
O TouroeOuro está na primeira linha para organizar umas jornadas de debates de fundo, onde não se ande a branquear a realidade! É urgente!
Ainda perguntam porque é que o TouroeOuro não anuncia corridas ou artistas? A resposta é: não vendemos o nosso trabalho a doá-lo e menos acompanhamos a falta de qualidade. Lamentamos!
Para vender barato e mau, estão cá outros!
Ou nos enganamos muito, ou está prestes a rebentar uma verdadeira bomba na Inspeção Geral das Atividades Culturais (IGAC)…
Ao que se consta, e o TouroeOuro está em cima da informação, um Diretor de Corrida recebeu verbas que não poderia ter recebido. Passamos a explicar…
O Diretor em causa, terá entrado na aposentação – reforma, e não informou a IGAC dessa condição, que o impediria de continuar a dirigir espetáculos tauromáquicos, cujo pagamento é efetuado por prestação de serviços, o vulgo recibo verde.
Acontece que a IGAC também não deu pelo erro e continuou a efetuar pagamentos… até que foi alertada para a questão e tem agora um grande problemas em mãos..
Por falar em IGAC, era também muito útil à tauromaquia que a entidade que supervisiona o setor fosse mais isenta… é que estão a dar muito nas vistas caros senhores…
Esta edição da Feira Nacional do Cavalo, que decorre até segunda-feira na Golegã, promete ser recheada de novidades… vamos ver é quantas se confirmam…
João Ribeiro Telles e Tristão Ribeiro Telles devem anunciar, ou pelo menos negociar, os seus novos apoderamentos, fala-se em muitos nomes, muito “barro à parede”, mas… oficial oficial nada.
Filipe Gonçalves é outro de quem se fala possa estar muito próximo de um empresário alentejano para o apoderar no próximo ano.
A Associação Setor 9 espera que Diego Ventura chegue à Capital do Cavalo, para que se possa reunir e fechar, ou não, o acordo para o 10 de junho, onde só mesmo os valores monetários estão a impedir esse desejo escalabitano.
O TouroeOuro “andará por lá” e contará todos os detalhes das jogadas taurinas de bastidores que por lá se fizerem…
Falando em “barro à parede”, lembramo-nos de Vila Franca e da sua Palha Blanco. Já “está em cartaz” a tentativa por parte dos avençados, de lá colocar um empresário em concreto. Seria bom negócio para o avençado e convenhamos, avençado que é avençado, faz o que lhe mandam. Até alvitrar uma sociedade do “tal interessado” com um bandarilheiro luso-espanhol e que tantas e tantas oportunidades teve para se tornar empresário de praças espanholas. Certo também é que “lá” custa mais dinheirinho…
Só mais uma coisinha que nos “faz” alguma comichão. Continuamos na saga de não se dizer quanto foi o apuro dos festivais? E desde quanto esse apuro se chama “generoso donativo”…? E o donativo foi de quem afinal? Coisas…
Nestes segredos, uma palavra de solidariedade para o site espanhol “avance taurino” que viu a sua sede destruída com o Dana que passou por Valencia. Volumosos prejuízos e uma Redacção destruída. Pois, porque lá têm redações, cá têm páginas de redes sociais… Não fosse o tema sério e daria para rir. Parece que o dono do falecido site português diz que os cronistas não abundam pelas ameaças a que estão sujeitos. Mas confesso não entender. “Atão” se escreverem em redes sociais não são ameaçados?
Agora pronto, vão lá fazer de conta que está tudo em dia, desfilar os triunfos na Golegã, que depois vêm aí os prémios, que nem para o prego dão… e as contas continuam por pagar!