Déjà vu… um francesismo. O mesmo que dizer, eu já vi isto… Ou já estive aqui, ou até, já cheirei ou senti isto…
Um Déjà vu é o que senti ao ver, ler, as reacções e Guillermo Hermoso de Mendoza, depois de se ter “destapado” o facto de ter ficado fora de Santo Isidro.
Pois é, custa? Custa!
É injusto? É!
Mas será que já não foi assim com outras personagens do rejoneo? E nem precisamos recuar muito no tempo, neste ou noutros palcos, onde outros foram impedidos de pisar.
Ora mandas tu. Ora mando eu e é isto a tauromaquia.
Quem perde? o rejoneo propriamente dito. Primeiro, porque obviamente não acreditamos que por uma única exigência a “coisa” não se tenha ajeitado. Segundo, porque há compromissos adoptados por certos toureiros, que têm que se pagos e terceiro, é tudo demasiado previsível e na parte que me toca, teria apostado muito em como era este o desfecho.
Pois bem, a mim palavra que me dá igual, mas, na verdade não posso deixar de lamentar que ninguém perceba, que o seu umbigo está ligeiramente abaixo da triste herança que se deixará aos rejoneadores que querem um dia fazer uma carreira. Só não sei onde…
Vejamos e admitamos que o rejoneo está a perder-se. As grandes feiras chutam esta categoria para um único espectáculo ou mesmo, para a abolição completa.
E os números não são ainda mais assustadores, porque há festejos nos pueblos, muitas vezes organizados ou “incentivados” pelos próprios artistas.
Não estaria na hora de mudar o rumo da história? Que tal deixar os favores de lado e fazer carreira sem um qualquer handicap?
Receio que daqui a uns 5 anitos, estejamos não a falar da ausência de Guillermo em Santo Isidro, mas da ausência desta vertente do toureio.
Menos mal, que ficam as nocturnas de verão, com uma média de assistência que rondará perto das 4.000 pessoas.
Mas se os próprios não se incomodam, quem somos nós…