Até ao próximo domingo, 4 de maio, a Praça de Touros de Coruche volta a transformar-se num verdadeiro restaurante de inspiração taurina, com a 21.ª edição das Tasquinhas Sabores do Toiro Bravo. O evento, que já é um ex-libris da gastronomia coruchense, foi inaugurado esta quinta-feira, reunindo gastronomia, cultura, artesanato e tradição num só espaço.
A carne de touro bravo continua a ser a estrela do certame, que há mais de duas décadas dá palco à valorização deste produto local. Este ano, aproveitando o feriado, o evento ganha maior dimensão e aposta na inovação, com dois restaurantes a apresentarem propostas inéditas: desde uma pizza de touro bravo a uma petisqueira com pratos criativos que reinventam o sabor da carne brava.
Ao longo dos anos, o certame tem vindo a consolidar-se como uma das principais atrações do concelho, atraindo milhares de visitantes que aqui têm oportunidade de provar pratos confeccionados com carne de touro bravo – produto que ganhou destaque e importância graças à aposta do Município de Coruche.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Coruche, Francisco Oliveira, graças ao esforço municipal, “hoje em dia a gastronomia de touro bravo está presente em todos os nossos restaurantes locais”.
“Se formos a um restaurante local num dia normal, nós podemos ver na ementa aquilo que são os pratos com o touro bravo em termos de confeção e, portanto, esse mérito, obviamente, tem a ver com a promoção que nós temos feito ao longo destes anos, deste certame da promoção das carnes bravas,” acrescenta. “Mas também o mérito é dos restaurantes, porque acabaram por aceitar e envolver-se com a Câmara Municipal na promoção desta fileira, que é uma fileira muito importante em termos daquilo que é a atividade económica do concelho, não só na relação com os criadores do touro bravo, mas também na relação da comercialização da carne,” destaca o autarca.
“Ao longo deste tempo, não só a restauração, mas a doçaria, o artesanato, todas as associações, aqueles que são os nossos parceiros, foram evoluindo e foram criando produto, produto novo, pratos novos, gastronomia diversificada, mesmo em termos até da doçaria — doçaria com formatos e associada àquilo que é o certame do touro bravo. Ao nível do artesanato, os artesãos tiveram também esse cuidado de criar imagens relacionadas com o certame do touro bravo,” acrescenta.
Este certame tem, obviamente, uma ligação muito forte com a tauromaquia, “presente em termos de identidade cultural, identidade imaterial, que é, de facto, muito importante”, incluindo, por isso, a Associação de Forcados Amadores de Coruche, “que participa também nestas iniciativas com as demonstrações de pegas, com os ensaios, com um conjunto de atividades no sentido também de promover e trazer à Praça de Touros de Coruche, a nossa Monumental, não só uma componente gastronómica associada à componente turística, mas também aquilo que nós queremos preservar, que é a nossa identidade — a identidade de um território que se caracteriza pelo montado, pela lezíria, onde estão, de facto, os pontos de criação dos nossos animais, dos nossos ‘atletas olímpicos’, que são os touros bravos, que são as reses que hoje podem ser aqui saboreadas neste certame do touro bravo.”
Francisco Oliveira chega este ano ao final dos 12 anos de mandato, deixando um evento consolidado e com grande margem de progressão, considerando que isso se conseguiu porque “nós temos conseguido também, ao longo do tempo, de uma forma solidária e de uma forma envolvente, envolver as pessoas”.
“O importante aqui é envolver as pessoas — não só da sociedade civil, mas envolver os empresários e aceitar os desafios que eles nos propõem. Seja no sentido de encontrar soluções de um chefe cozinheiro e um talhante que criam um negócio para fazer uma ‘petisqueira brava’ e estar aqui nos Sabores de Touro Bravo, seja a pizzaria local que faz pizzas e incorpora carne do touro bravo, seja um conjunto de outras atividades relacionadas com gastronomia ou com a vinicultura que estão aqui presentes — no sentido de promover o território, promover a região, promover a nossa autenticidade, promover o produto.”
“É um orgulho que nós sentimos. Feito este percurso, também a gastronomia e os pratos que nós provámos estão requintados, estão uma maravilha, foram sendo apurados também ao longo deste tempo e, portanto, eu diria que a carne de touro bravo é uma carne certificada e a sua gastronomia, os pratos de origem da carne brava, são também pratos com uma qualidade extraordinária e que devem estar à mesa de cada um de nós,” concluiu.











































