Noticiar nunca esteve fora de questão. O TouroeOuro jamais calará os temas que marcam a Festa, sejam eles bons ou maus, felizes ou infelizes e que, claro está, estejam intimamente ligados à tauromaquia.
Serve a introdução para dizer que pese embora tudo o que referi atrás, pensei muito se haveria de dissertar sobre a aberração que aconteceu em Mourão, no espectáculo primeiro da presente temporada.
Fomos os primeiros sem medo de denunciar, contar, informar que o espectáculo de Mourão estava com a sua realização condicionada devido à ausência de elementos da GNR.
Mais…
Não tivemos medo de dizer que afinal se realizou.
REALIZOU-SE À MARGEM DA LEI
Inclusivamente publicamos uma imagem onde se poderia ver quem fazia o triste papel de director de corrida, como se tudo aquilo fosse um teatrinho.
Alegar-se-à que a empresa promotora, propriedade de Joaquim Grave, zelou pelo interesse dos aficionados. Só que não!
ornou uma coisa séria, numa encenação… É para aí que caminhamos? Para recriações do que é um espectáculo tauromáquico muito em jeito de Filipe La Féria?
Como queremos ser respeitados se não respeitarmos?
Não nos acusem a nós de sermos os anti-taurinos! Nós só noticiamos aquilo que “vocês” fazem!
E repudiamos!
E envergonhamo-nos!
Somos aficionados, mas a um espectáculo de categoria e que cumpra as regras.
O que se passou em Mourão, foi uma defesa da carteira, não da tauromaquia. As consequências vão chegar, é inevitável. E o que vamos dizer deste atropelo à legalidade?
Além de selvagens, dizem eles, de assassinos, dizem eles, ainda lhes permitiremos que digam que somos uns “fora da Lei”?!
E a APET o que diz disto??
Ah claro, preocupada claro está em digerir a adjudicação da praça do Montijo.
E a Protoiro?
Já foi enterrada? Porque viva não está há muito tempo.
E os toureiros e familiares, apoderados? Forcados, etc., foram nisto?
E os jornalistas? Havia?
À excepção do escrito publicado no Farpas, alguém ousou contar o que ali se passou?
Li uma única cronica, num site com interesses empresariais que consegue passar por cima do tema.
Imparcialidade? Zero!
Dr. Joaquim Grave, passados tantos anos, pode bem dizer que estamos vetados pelo que escrevemos de si, mas só não diga que nós, a cumprir escrupulosamente tudo o que a Lei nos exige, somos os maus da fita. Porque afinal, a prepotência e estupidez agora já têm um nome…