Diz-se que a tauromaquia é global, em tempos de globalização completa.
Se na vida social, a globalização gera alguma discórdia entre direitos e deveres dos cidadãos não nativos, na tauromaquia, espera-se exactamente o seu contrário.
Longe vãos os tempos em que Manuel dos Santos era um “rei” no México e longe também, os tempos em que os mexicanos também cá marcavam presença, em especial no Campo Pequeno.
Pois é, mas esta não é a realidade de hoje. E está tudo bem com isso. Ou querem que acreditemos nisso.
Portugal conta cada vez menos para as estatísticas taurinas mundiais. E não falamos de números de festejos porque isso e à nossa proporção, enfim, até seria defensável se a qualidade imperasse.
Falamos de importância e inclusão na dita globalização tauromáquica que se pretenderia. Portugal, é um facto, continua encerrado na sua bolha e dela não quer sair. Não quer porque não tem estratégia. Não quer porque não tem competência. Não quer porque falta poder de compra. Não quer porque não se dá ao respeito. Aqui todos são grandes, mas só cá no “bairro” e a temporada na Praça México é uma confirmação disso mesmo.
Quatro nacionalidades na Feira do Aniversário e Portugal, zero!
Peru, México, Espanha e França estão ali, no comando dos interesses.
E de repente, um grito de socorro que ninguém ousa comentar. O México está a fazer um documentário sobre o enorme Manuel dos Santos. Um toureiro que partiu há décadas, mas que gera ainda hoje, interesse.
Pensemos nisto…