A tauromaquia portuguesa em concreto, passou já o fatídico tempo absorvido pela proliferação do toiro “nhoc-nhoc”, julgando-se que era a preferência do público.
Pode ter sido efetivamente, sobretudo porque em causa estavam os noveles números de doma equestre, ao tempo, fazendo a diferença e desenjoando aqueles que aparentemente estavam fartos de mais do mesmo. Contudo e porque as modas são cíclicas, em boa hora regressámos aos tempos em que é o toiro que importa, na plenitude das suas faculdades, dos seus andamentos e “rebeldias”. As ganadarias designadas de “duras”, voltaram a reunir as preferências, sendo muitas vezes e ainda que de forma pouco explicita “ainda”, a ser cabeça de cartaz de certos cartéis.
Neste contexto, ou pelo menos num sector mais intermédio, volta a ser a ganadaria Grave uma das mais prestigiadas por entre a panóplia existente, sendo inclusivamente triunfadora não só aquém fronteiras, mas também além…
Ainda por cá, houve concursos, diversos, dir-se-ia em demasia e cujo verdadeiro motivo, foi a escassez evidente de curros completos, fazendo com que as empresas optassem por este modelo, banalizando-o “a mais do que conta”… E aqui lamenta-se em tom de crítica que deverá ser encarada construtivamente, a disparidade das corridas-concurso. Alguns dos exemplares, não concorrem a apresentação, sabendo de antemão que não se podem sagrar vencedores, deixando a descoberto a legitimidade da intenção de competir…
Pese embora a importância de tudo o que aqui se disse, a verdade é que um dos motivos de regozijo maior, é o regresso de menção honrosa face às ganadarias lusas por parte do grande jurado madrileno, voltando a solicitar “um toque de atenção” aos ferros portugueses e pedindo assim, o regresso em 2025 de Palha, Grave e Sobral… Aguarde-se, para que pelo menos neste sector, possam os portugueses mostrar o que há de melhor no campo bravo do nosso território, onde esta seriedade se pede por enquanto em praças como Vila Franca, o Concurso de Ganadarias de Évora e Lisboa.