Nota de Redação:
Em absoluta coerência com as decisões editoriais tomadas desde que existe uma “aparente e virtual” proibição de repórteres fotográficos em trincheiras de certos tauródromos, conforme deliberação da IGAC, o TouroeOuro não publicará imagens dos cavaleiros Francisco Palha e Paco Velásquez.
Reiteramos a nossa posição: os toureiros ou grupos de forcados que tenham fotógrafos privados, compactuam com transgressões e total desrespeito pelos órgãos de comunicação impedidos da captação de imagens, tendo aparentemente direitos distintos dos demais fotógrafos.
Nota também à empresa, cujo peso e medida, não foi igual para todos os órgãos de comunicação. A descriminação não é louvável, sendo sim, condenável. Acrescentamos que os agentes da Festa constroem o caminho e percurso para a Festa que melhor Lhes aprouver… As consequências de uma festa apenas noticiada nas redes sociais parece ser o caminho pretendido, limitado e desadequado a uma tauromaquia que se quer profissional e não amadora, estatuto em que está, passem os anos que passarem.
Perde um, perdem todos…
As corridas adiadas, sobretudo de datas tão expressivas como a Páscoa, nem sempre é a melhor solução. A data forte de São Manços, transferida para o dia de hoje, 27 de Abril, registou uma menor entrada do que geralmente acontece na Corrida de Pascoa. Cerca de dois terços de entrada.
O que sim houve em abundância, roçando o limite do que é suportável, pó. O tal que não é na medida da “nossa frescurinha”, mas é sim o espelho da Festa. Um “pó-wer” desajustado de uma tauromaquia que em certas ocasiões desce do salto…
Pois bem. Concurso de ganadarias e dois vencedores. Passanha ganhou Apresentação. Mata-o-Demo, ganhou Bravura. Este último justamente, o anterior… o único touro aplaudido na sua entrada na arena foi o do Eng. Jorge de Carvalho. No entanto, a sabedoria popular, já não conta para nada. O júri foi composto pelos próprios ganadeiros, portanto, são eles que entendem da “poda”.
Vamos à corrida propriamente dita.
Luís Rouxinol lidou o touro de Fernandes de Castro, sobrado de quilos, bisco e jabonero; e também o de Branco Núncio. Serviram mas não encantaram. Luís Rouxinol andou “benzinho”, sem deslumbrar, antes sim, com tom amorfo e sem brilhantismo. A primeira lide terminou com um par de bandarilhas à passagem pelo corredor (pouco habitual) e o segundo, teve epílogo com um palmito, destacando-se com ladeios…
Foram de Francisco Palha os três melhores ferros da tarde distribuídos pelas duas actuações, sendo que não resulta triunfador rotundo, pelos três ferros que falhou com o toiro debaixo do braço. De Palha há sempre o melhor, mas infelizmente e neste caso, com mesclas que lhe roubam rotundidade. Lidou os exemplares de Pégoras e Passanha, sendo que o primeiro foi “geniquento” e serviu, o Passanha, mais cómodo e que… serviu também.
A Paco Velásquez tocou lidar os toiros de Jorge Carvalho, bonito de saída, montado e que motivou aplausos. Lamentavelmente teve de ser devolvido aos currais depois dos dois compridos e um curto e, também, o exemplar de Mata-o-Demo. Este último foi de bom comportamento, deixando Velasquez fazer o que quis, como quis e o que quis, foi andar em redondo, cravando com acerto, com animação e comunicação, faltando no entanto um, vá, um ferrito de frente… No geral foi a atuação mais redonda, mas não a mais meritória.
No que concerne às pegas da tarde, houve claramente um grupo triunfador. São Manços.
Com duas pegas ao primeiro intento, estiveram na cara dos toiros Manuel Trindade e Pedro Tavares, este último dando volta com o forcado Luís Teles, ajuda, que se despediu das arenas.
Quanto à formação de Beja, uma pega à primeira tentativa, a última, pelo forcado Fernando Caixinha, sendo que as restantes, foram consumadas ao quinto intento (ambas), sendo a primeira por Nuno Barreto, dobrado por Nuno Rato e; Miguel Paiva.
O festejo foi dirigido pelo Delegado Técnico Tauromáquico António Santos, assessorado pela Médica Veterinária, Ana Gomes.
Fotos: João Dinis



























































