A tauromaquia deu uma “valente cambalhota” no que a gestão de praças concerne.
Como maior desaire, aquele que consideramos inconcebível, conta-se a empresa Toiros com Arte na gestão do tauródromo montijense. “Não lembra ao careca” que numa apresentação de temporada se tenham anunciado não elencos, mas nomes que não marcaram presença na Amadeu Augusto dos Santos. Se isto não é “vender gato por lebre”, então não sei que será. E explicações? Zero, como de resto é apanágio nos tugas taurinos.
O calão e os provérbios, servem para aligeirar uma situação que todos calaram, focando-se em outros empresários que, apesar de cometer erros, ainda deram cartas na arte de acartelar.
Desta e nesta empresa voltaram-se a configurar-se dois problemas que infelizmente não são um exclusivo. Um deles a predominância de cartéis de seis cavaleiros. Um género de baralhar e dar de novo, mas que de novo nunca teve nada. As “cartas” lançadas foram sempre as mesmas e a ausência de novidade proliferou. No que diz respeito a festivais, continuou a ausência de respeito pelo público pagante. Na realização de um Festival Taurino, pressupõem-se a entrega de donativo a uma causa. Donativo esse patrocinado pelos atuantes, ganadeiros e público. Obviamente que a empresa empresta trabalho de organização, mas nada faz sem que o público compre bilhete. Na hora da entrega dos donativos, o “Zé pagante” fica sem saber para que montante contribuiu… coisas! Que se passaram também no Montijo e noutros tauródromos.
Dizia lá atrás que todos os holofotes se dirigiram a Ricardo Levesinho. Opiniões para cá, insultos para lá, diz que disse e que fez e não fez, foi dele que todos falaram. Não esqueçamos que a gestão de Vila Franca foi sempre exemplar, que a temporada assistiu a um mano-a-mano estupendo entre Bastos e Pérez e que, a corrida de terça-feira em Vila Franca foi todo um portento.
Falando de bons episódios, não se poderá deixar de falar de Santarém e da sua praça esgotada (10 de Junho) com vários dias de antecedência para ver Roca Rey.
Rematando, a triste realidade que assolou o Campo Pequeno e o toureio a pé inexistente naquela que foi a maior referência do país no que a praças de touros diz respeito.