Depois dos empresários terem visto a Associação Nacional de Grupos de Forcados (ANGF), através da votação dos grupos de forcados, ter dado “um passo atrás”, no que dizia respeito ao desejado aumento dos cachets, que servem somente para fazer face às despesas, numa situação que não agradou a todos os grupos, que consideram que “se deu um passo atrás, numa altura em que os valores recebidos não chegam para pagar as despesas de uma corrida e o jantar”, sabe-se agora que as empresas, que através de mensagens trocadas num grupo de Whatsapp “crucificaram os forcados”, e consideraram que os valores a pagar aos forcados “colocariam em causa a realização de corridas”, são as mesmas que devem milhares de euros à ANGF.
A ANGF implementou no ano passado um sistema de “pagamento antecipado”, em que as empresas tinham que pagar os cachets dos forcados à associação, que depois transferia para cada grupo o valor em causa.
Ainda assim a Associação permitiu que se realizassem corridas sem que os empresários tenham liquidado o valor do contrato dos forcados, permitindo que, pelo menos três empresas, tenham dívidas que ascendem a milhares de euros, num valor, que ao que o TouroeOuro apurou, poderá rondar os cerca de 30 a 40 mil euros.
Sabe o TouroeOuro que esta quinta-feira uma das empresas liquidou a dívida, de cerca de 12 mil euros, depois de ter tido conhecimento que os Forcados se preparavam para tomar medidas que podiam colocar em causa a realização de espetáculos por parte da sua empresa tendo mesmo os forcados assumido um “compromisso de solidariedade” que não aceitariam convites para pegar corridas de empresas devedoras.
Houve mesmo cabos de grupos que pretendiam que a ANGF tomasse uma atitude mais radical, tendo em conta que tiveram acesso a mensagens trocadas, onde estes destrataram os forcados, quando eram incumpridores para com a associação.
Esta sexta-feira a ANGF emitiu mesmo um curto comunicado, onde apenas deu conta da “aprovação ou recusa” de cada um dos pontos na Assembleia Geral do passado dia 4 de fevereiro, sem no entanto abordar o tema dos “empresários incumpridores”.