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Pinhal Novo – Luzes e sombras de uma noite de toiros

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By Redação on 10 de Junho, 2025 Crónicas, Destaques
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Num país onde a festa brava pulsa entre tradições seculares e os desafios de um mundo em mutação, “os toiros são a memória viva do campo em festa”, como nos recorda José Carlos Arévalo, crítico taurino e escritor espanhol. E se a memória é o que nos liga ao passado, são as praças desmontáveis que garantem o futuro da tauromaquia, levando a arte a territórios onde a afición se renova a cada temporada.

Estas arenas efémeras, “pontes lançadas entre a festa e o povo”, como dizia o saudoso Joaquim Bastinhas, têm um papel decisivo na expansão do espetáculo. Não apenas democratizam o acesso à tauromaquia, como insuflam vitalidade a localidades fora dos roteiros habituais. Erguem-se com engenho e paixão, e em cada travessa, em cada parafuso, vibra o desejo de eternizar a emoção do encontro entre o homem e o toiro.

Foi nesse espírito que, em Pinhal Novo, o coração da vila voltou a bater ao compasso da festa. As primeiras tardes de entusiasmo popular, em que se levantavam estruturas modestas mas plenas de vontade, tiveram agora um digno sucessor. Uma praça itinerante acolheu mais uma jornada de tradição e de futuro.

A noite apresentou-se agradável e a praça, preenchida em cerca de três quartos da sua lotação, foi palco de um espetáculo marcado por altos e baixos.

O primeiro novilho, de apresentação discutível e comportamento incerto, com ferro de Santos Silva, calhou a João Moura Caetano. Foi uma atuação sem história, sem eco no público, onde o excesso de intervenção da quadrilha acabou por diluir ainda mais a faena. A ferragem da ordem foi deixada, mas sem momentos de verdadeiro relevo. Após o intervalo, um novilho de Paulo Caetano, que rapidamente se foi esgotando em arena, permitiu ao cavaleiro de Monforte alguns lampejos de qualidade, nomeadamente duas curtas com o cavalo Baco, que se destacaram no conjunto.

Luís Rouxinol Jr. trouxe, enfim, alguma alegria às bancadas. O seu novilho, oriundo dos campos do Mondego, móvel mas algo distraído, exigiu trabalho. Destacou-se a terceira bandarilha da série, momento mais vibrante da sua atuação. Frisar que também houve excessiva presença de peões de brega, o que acaba por diminuir o mérito do toureiro. Frente ao quinto, Rouxinol teve uma lide inspirada, em crescendo, desenhando bonitos momento de brega com o Jamaica, tentando sempre citar em curto e privilegiar o toiro. Com o Girassol, rubricou a melhor curta da noite, numa cravagem frontal e cingida, finalizando com um palmito e um par de bandarilhas de excelente execução que levantaram, pela primeira vez e de forma sincera, o público dos seus lugares. Foi esta a melhor lide da noite.

O cavaleiro praticante Manuel Oliveira enfrentou um cinqueño de Isidro dos Reis, manso e de difícil lide. A cravagem e o momento da reunião merecem ainda ser aprimorados, pois ficariam facilmente aquém perante uma crítica mais exigente. No segundo do seu lote, um novilho de Paulo Caetano, apresentou uma lide intermitente, marcada por um toque ruidoso na montada e algumas passagens em falso, denotando fragilidades na abordagem, muitas vezes lateralizada e na colocação da ferragem no toiro.

Quanto às pegas, a noite viu momentos de competência e entrega. Pelos amadores do Ribatejo, Luís Frieza consumou com segurança à primeira tentativa, e Fábio Delgado também rubricou uma pega limpa ao primeiro intento.

Os Amadores da Moita iniciaram com uma rija pega de Luís Chatinho, em que a primeira ajuda foi de grande mérito, embora se tenha notado um excesso de intervenientes a auxiliar a concretização, que saíram assim que perceberam que estava consumada a pega, o que retira algum brilho à tentativa. Não me parece que houvesse necessidade. João Pombinho protagonizou um dos momentos mais duros da noite: após um primeiro intento em que não conseguiu reunir como esperado, o primeiro ajuda sofreu uma feia voltareta, sendo retirado de maca e evacuado para o hospital. No segundo intento, o grupo garantiu a pega com eficácia.

George Malagão, da Tertúlia Tauromáquica do Montijo, corrigiu uma primeira tentativa, onde não ficara na cara da rês, estando competente na segunda. A última pega da noite coube a Wilson Gomes, que falhou na primeira tentativa, não chegando inclusive ao primeiro ajuda, mas consumou ao segundo intento, numa execução sólida, após o toiro ter fugido à formação.

A direção esteve a cargo de Tiago Tavares, que cumpriu com acerto e a benevolência apropriada a este tipo de espetáculo, assessorado pelo Dr. Carlos Santana.

Por: Rodrigo Viana

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