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Arronches – Bastinhas deu o mote, Moura sentiu-se e reacendeu a chama!

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By Redação on 21 de Junho, 2025 Crónicas, Destaques
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Na vila raiana de Arronches, a tradição voltou a cumprir-se, com solenidade, naquela que é a sua histórica Praça de Touros. Erguida em 1894 por iniciativa da família Romão Tenório, este emblemático reduto da festa brava acolheu mais uma vez os aficionados, mantendo viva uma herança que conta com mais de um século de espectáculos ininterruptos.
Integrada nas festividades em honra de São João, este festejo assume um valor simbólico e cultural profundo, não apenas pela longevidade da praça, mas também pelo seu singular enquadramento nas muralhas abaluartadas (que possuem baluartes, isto é, saliências poligonais, normalmente em forma de estrela) do antigo Forte de Arronches, que chegou inclusive a ser evocado por Luís Vaz de Camões.

O festejo em formato concurso de ganadarias, contou com a presença de três toureiros que se encontram radicados em concelhos limítrofes, o que por si só acaba por movimentar as populações que têm oportunidade de num local próximo asistir a um espetáculo desenvolvido pelos seus conterrâneos.

João Moura, enquanto diretor de lide, teve a missão de dar faena ao primeiro toiro da noite, com ferro de Cochicho, bastante rematado de carnes e que mostrou ter mobilidade, embora fosse algo tardo no momento da reunião. O cavaleiro abdicou por completo de preparar o toiro para as sortes, o que acabou por tirar brilho à função. Após uma passagem em falso que antecedeu o primeiro curto, deixou uma bandarilha rematada de forma exímia, como tão bem sabe. Tendo-lhe sido concedida música nesse momento, limitou-se a cravar mais quatro curtas, sem que houvesse alguma que se possa considerar de maior destaque, não tendo motivado grande empolgamento por entre quem paga bilhete. O segundo de seu lote, colorado ojo de perdiz de capa, pertença da ganadaria Torre de Onofre mostrou-se alegre na investida e bastante colaborador o que permitiu ao cavaleiro arrimar-se, notando-se que vinha com ganas de se superiorizar ao seu antecessor e desenhar uma lide impactante, o que deixou em delírio aqueles que se deslocaram até este castiço recinto. Esteve enorme na cravagem do primeiro e do quarto curto da série, permitindo que o toiro se arrancasse, sendo o momento das reuniões, nos médios, alguma coisa de extraordinário. Bateu ao pitón contrário e teve o oponente debaixo do braço, não havendo um palmo entre o binómio cavalo-toiro. O cavaleiro tem capacidade para isto e muito mais, estando aqui a prova que não necessita da presença constante dos seus peões de brega para que consiga atingir o nível que o caracterizara nos seus tempos áureos. Se por vezes sou o mais crítico, hoje e perante o que tive o privilégio de observar, endereço-lhe os meus parabéns!

O segundo toiro saído dos currais possuía o ferro do seu lidador, João Moura Caetano. De apresentação inferior aos restantes e com cara mais fechada, mostrou-se reservado e com pouca codícia, o que impediu que se sentisse pinga de emoção, o que motivou alguns pitos das bancadas e apenas alguns aplausos tímidos após os momentos da cravagem. O seu melhor momento ocorreu no remate do segundo curto, montando o Campo Pequeno, dada a brega que imprimiu. Seguiu-se um ferro que resultou traseiro e duas passagens em falso, face à total resistência da rês em colaborar. O segundo do lote de Caetano, com cinco anos de idade cumpridos, estava marcado a fogo com ferro de Maria Guiomar Cortes Moura, dificultando nalguns momentos o labor do artista, surpreendendo-o aquando da cravagem da primeira curta da série, ao desferir-lhe um seco e forte toque na montada, momento que acaba por deixar negativamente manchado o trabalho da inteligência, que teve o pouco discernimento de atribuir música, num hiato temporal em que o próprio cavaleiro se ausentou cerca de dois minutos do ruedo para verificar se a mesma reunia condições para continuar. Que de uma vez por todas os diretores de corrida contribuam para a elevação da meritocracia e deixem de tornar o momento de colocação do lenço branco, como algo que tem de acontecer ao primeiro/segundo curto pois o que acontece é que se torna ridículo, tirando o real valor do que tem, realmente, qualidade. O restante da atuação foi completamente deslucida, tendo o cavaleiro aberto em demasia o quarteio aquando das abordagens ao oponente, chegando a ocorrer duas passagens em falso entre as demais. Deu volta, quando poderia ter-se mantido por trás do burladero. Nem sempre as coisas correm bem e há que reconhecê-lo. Ter-lhe-ia dado muito mais valor se o tivesse feito.

O exemplar da divisa de José Luís Vasconcellos e Souza D’Andrade teve lide destinada a Marcos Bastinhas. Esteve imperial a recebê-lo, dobrando-se num palmo de terreno, conseguindo acordar o conclave, que até então parecia algo entediado. Após cravar dois compridos de boa nota, iniciou a fase de curtos, deixando desde logo aquela que foi a melhor bandarilha da primeira parte do espetáculo, após um cite frontal e reunião ajustada (algo que nos dias que corre, começa a ser raro). O ginete de Elvas aproveitou as excelentes qualidades do oponente que teve por diante, para desenhar uma faena com motivos de interesse, deixando ambiente para a segunda parte. Terminou a sua atuação com um ferro de palmo em terrenos interiores. O murube, com ferro de Francisco Romão Tenório, completava o lote, o que embora pudesse parecer à partida a melhor escolha para impactar no fim do festejo, dado que normalmente colaboram e permitem triunfos, tratou-se de um erro crasso não ter sido invertida a ordem de saída dos exemplares que lhe foram sorteados. Lide com muito menor som e impacto que a que lhe antecedera, onde teve de colocar toda carne no assador e não conseguindo o melhor dos grelhados, chegando a consentir toques nas suas montadas, quando o astado arreava, denotando evidentes sinais de mansidão. Encerrou a sua presença com a cravagem de um par de bandarilhas, no corredor, com o toiro praticamente imóvel. Ao contrário do que criticara anteriormente, Marcos Bastinhas marcou a diferença, recusando-se, e muito bem, a dar uma volta que lhe fora concedida por achar que não havia mérito para tal. Assim se valoriza a tauromaquia. Hoje ele, amanhã que outros tenham esse discernimento, já que está visto que não ha força suficiente para que essas atitudes advenham de quem tem poder para tal.

No que toca aos artistas que envergam as jaquetas de ramagens, esta noite estiveram representados pelos grupos de forcados amadores de Arronches e de Monsaraz.

O cabo da formação local indicou para a primeira tentativa de pega de caras, o forcado Diogo Bilé. Mal iniciou o cite, viu o astado arrancar-se com prontidão, tendo tropeçado quando recuava, o que impediu que reunisse. Na segunda tentativa teve o mérito de consentir a investida do toiro, reunindo com maior eficácia que técnica, conseguindo efetivar a pega devido à ajuda da restante formação. João David Cunha teve a incumbência de pegar o terceiro da noite, conseguindo-o ao primeiro intento com mérito. Pega limpa para fechar a primeira metade do espetáculo. Para fechar a prestação do grupo, Tiago Policarpo foi o homem indicado para bater as palmas ao toiro. Esteve valente e mostrou técnica, fechando-se com afinco no intento inicial, rubricando aquela que foi a pega com maior impacto visual.

A formação que viajou desde a vila de Monsaraz teve como forcado da cara para tentar a segunda pega da noite, André Claudino. Viu o oponente arrancar-se com celeridade, estando bastante competente no momento da reunião, o que permitiu consumar na tentativa inicial. Duríssima foi a tentativa de André Neves ao quarto da ordem. Sofreu uma pancada forte ao reunir, aguentando derrotes secos, conseguindo nunca sair da cara do animal. Mérito do grupo que fechou que nem uma lapa, efetivando-se desta forma uma pega de elevada qualidade à primeira tentativa. A noite foi encerrada com uma rija pega de Hugo Beato à segunda tentativa, após um primeiro intento onde, perante a velocidade imposta pela rês, não se conseguiu acoplar à sua cara.

O júri que atribuiu os prémios do concurso de ganadarias foi composto por um representante de cada ganadaria, tendo sido decidido que o vencedor do prémio apresentação fora o exemplar de José Luís Cochicho, sendo vencedor do prémio bravura o animal que pertencia à ganadaria de Torre de Onofre.

A corrida foi dirigida pelo delegado técnico tauromáquico, Marco Gomes, tendo sido assessorado pelo Dr. João Pedro Candeias, num festejo cuja lotação rondou os 90% da capacidade disponível, o que mostra que corridas realizadas em datas tradicionais, permitem afluências condizentes com aquilo que é pretendido pelas entidades organizadoras.

Texto e Foto: Rodrigo Viana

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