A ARCAS – Associação Recreativa e Cultural Amigos de Samora, veio esta terça-feira responder ao comunicado de Pedro Espinheira, que nos últimos dois anos organizou a corrida de touros em Samora Correia, acusando-o de vir agora apresentar-se como possível organizador do evento, mas não ter tido, em tempo útil, apresentado a sua proposta à associação.
“A ARCAS não foi contactada, em 2024, pelo Senhor Pedro Espinheira, por si ou através de alguma empresa tauromáquica, para realizar a tradicional corrida de toiros durante as festas anuais, pelo que a sua Direção repugna, por totalmente falsas, as afirmações do Senhor Pedro Espinheira inseridas no seu comunicado denominado “a verdade por detrás da não realização da tradicional corrida de toiros em Samora Correia, integrada nas Festas de Nossa Senhora de Oliveira”, relativamente ao facto de alegadamente estar disponível para o efeito este ano, bem como ter sido por alguma razão afastado de o fazer por ordem ou indicação de alguém”, dizem em comunicado.
Referindo que todos os empresários que organizaram os espetáculos foram “antecipadamente esclarecidos das condições da sua realização, nomeadamente dos eventos inseridos na festa no mesmo dia e o valor simbólico a ser pago à ARCAS”, “tendo o mesmo aceite tais condições sem quaisquer reservas”, refutam igualmente as acusações de Espinheira de serem responsáveis pelos alegados prejuízos de 2023.
“Quando a ARCAS foi contactada, no final de Julho de 2023, a propósito da realização da corrida de toiros, estava há muito contratado e anunciado como artista a atuar na noite de segunda-feira o Pedro Mafama, pois como é bom de ver tal planeamento tem de ser feito com muitos meses de antecedência. Tal facto nunca foi escondido do Senhor Pedro Espinheira, nem os horários de realização de cada um dos eventos (a corrida às 22 horas e o concerto às 23h30), que foram inseridos no cartaz das festas divulgado publicamente”, acrescentando que “de forma a que um evento não interferisse no outro e vice-versa, o concerto do Pedro Mafama foi atrasado para começar perto da meia-noite daquele dia, daí ser totalmente incompreensível a acusação de má fé por parte da ARCAS.”
“Por outro lado, tendo em consideração as suas afirmações de que terá tido um “prejuízo imenso”, que nunca foi alegado ou demonstrado junto da ARCAS, com a realização da corrida de toiros de 2023, é compreensível que não tenha demonstrado qualquer interesse em fazê-lo novamente este ano”, referem ainda, lamentando que o mesmo não tenha apresentado a sua proposta, recordando que tal organização ficaria “dependente do pagamento das quantias que o Senhor Pedro Espinheira reconhece dever à nossa associação pela realização das corridas de toiros de 2022 e 2023, mas cujo pagamento não fez até ao momento.”.
“Por fim, cumpre esclarecer que nenhum interesse ou quezília pessoais move nenhum dos elementos da Direção da ARCAS que todos os dias dão o melhor do seu tempo voluntariamente em prol de Samora Correia, das suas gentes e tradições e da tauromaquia”, concluem.