Embora no último domingo se tenha realizado ainda um espectáculo taurino, a temporada tauromáquica terminou “oficialmente” no passado dia 1 de novembro, e dos, pelo menos, 11 festivais realizados em Portugal, apenas 1 tornou públicas as suas contas.
No momento em que todos os detalhes são importantes para credibilizar a festa de touros, era importante que os organizadores dos festivais, que utilizam nomes de instituições, clubes ou outras entidades, para as quais alegadamente os lucros revertem, tornassem públicas as contas, até para que o público que esteve presente sentisse para o que estaria a contribuir.
Dos 11 festivais que o TouroeOuro conseguiu contabilizar, apenas o festival de 1 de Maio, no Livramento, a favor da jovem Daniela Silvestre, tornou públicas as contas, apresentando os valores angariados para a jovem.
Os restantes, e falamos de casos como os de Mourão (1 e 4 de Fevereiro), Granja (12 de Fevereiro), Alcochete (4 de Março), Reguengos (11 de Março), Santo Aleixo e Serpa (8 de Abril) e Barrancos (21 de Abril) não tornaram públicas as verbas angariadas.
Sabe o TouroeOuro que alguns festivais, como os casos de Vila Franca de Xira (26 de Março), Santo António das Areias (22 de Abril) e Sobral de Monte Agraço (25 de Abril), apresentaram às instituições os créditos angariados, mas ainda assim teria sido interessante e sobretudo teria tornado mais credível a festa brava, tornar públicas as contas.
Pelo meio existem subsistem ainda algumas polémicas sobre verbas que terão sido prometidas e não doadas.
Lamentavelmente nem a Associação Portuguesa de Empresários Tauromáquicos, nem a Federação Protoiro agem para que as organizações mudem o paradigma verificado nos últimos anos.