Passei em claro o dia 8 de Março. Não fiz, nem contem comigo para fazer referências ao dia da mulher. Considero a “distinção” como absolutamente discriminatória, uma fraqueza assumida ao longo dos anos… A mulher, condição de algumas pessoas, é aos dias de hoje, não mais que uma referência sexual sem sentido, desatualizada e descontextualizada.
Ao tempo da sua implementação, sejamos francos e não abandonemos a história da humanidade, sim, teve fundamento pela desigualdade, pelos direitos ou falta deles associados à condição feminina. Hoje, está profundamente obsoleto.
Se é verdade e está comprovado que em sociedades “modernas como a nossa” a mulher aufere menos rendimentos? Sim.
Se é verdade que a mulher não tem a mesma força física. Sim
Mas a verdade é que a capacidade intelectual de uma mulher, em nada se inferioriza à do Homem…
Mas se prometi que não fazia referência ao dia da mulher e estou a fazê-la ainda que à posteriori, é porque não quero subestimar o papel importante da mulher na tauromaquia.
A mulher é ganadeira, toureia, é empresária, é crítica… é tudo aquilo que quiser ser.
Falando em causa própria. A minha condição de mulher num mundo dominado por homens, evitou-me problemas que não queria evitar, simplesmente porque foram “herdados” pelo(s) homem(s) que estiveram ou estão comigo. Nunca quis ouvir “se fosse um homem já tinha levado um par de estalos”, ou, “é mulher, porque raio fala e escreve de touros”… Aos meus 45 anos, infelizmente, é ainda uma triste realidade, mas, com uma diferença. Já não se diz às claras, mas sim na surdina, quiçá pelo fato dos seus autores se envergonharem destes impropérios, nos quais infelizmente acreditam.
Nunca se esqueçam mulheres desta vida, que se pode tudo, desde que a capacidade intelectual o permita. Ponto!