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Cartaxo – Muitas vezes procuram comodidade mas quando há toiro, há emoção!

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By Redação on 22 de Junho, 2025 Crónicas, Destaques
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A cidade do Cartaxo, em semana de festa, acorda com a alma em ponto de romaria. A praça de toiros, que há meia dúzia de anos parecia um pouco adormecida, surge agora, continuamente de feições lavadas, graças à Associação Praça para Todos, com o devido apoio da Câmara Municipal que a mantém com a dignidade que merece, século e meio volvido da sua edificação. É de facto louvável o esforço que a empresa local faz ao nunca esquecer que a apresentação é a primeira imagem que fica para os seus visitantes e que leva a que tenham vontade de regressar. À sua volta, as tasquinhas transbordavam de gente, de riso e de copos cheios. Nota-se uma magnetizacão dos habitantes desta zona. Há um aroma de festa no ar, feito de bifanas, vinho tinto e, claro, de bastante expectativa em torno de uma noite de toiros com bastantes motivos de interesse.

Previamente à realização das cortesias, houve lugar a uma procissão das velas em honra de São João Baptista, padroeiro da cidade, retratando-se como um emotivo momento.

Marcos Bastinhas teve hoje a missão de “abrir praça”, tocando-lhe em sorte um toiro que transmitiu, denotou mobilidade e que acabara por premiar o seu criador com uma volta de agradecimentos, dada a qualidade demonstrada, ele que como todo o curro era pertença da ganadaria titular da noite, Lima Cabral. Após uma fase de compridos pautada pela irregularidade, a série de curtos iniciou-se com a cravagem de duas curtas de boa nota ao estribo, onde pelo meio desenhou um momento de brega de uma beleza imensurável, ladeando com assertividade todo o perímetro do ruedo, com a rês a segui-lo de forma interessada. Aproveitando o espírito mais festivo do público que preenchera quase a totalidade das bancadas, fechou a sua função adornando-se, cravando dois palmitos, o primeiro dos quais de nota relevante, bem como com um par de bandarilhas, em terrenos interiores. O segundo toiro que compunha o lote do cavaleiro elvense foi o pior em termos comportamentais saído até então. De investida mais imprevisível, apanhou desprevenido por um par de vezes o ginete, o que acabou por o desvalorizar no primeiro tércio. Sentindo a dificuldade que lhe fora imposta, Marcos tem atualmente uma quadra renovada com argumentos para dar a volta a qualquer situação e foi isso que aconteceu. Contornou o obstáculo desenhando momentos de toureio dignos de registo, começando por uma brega autoritária, aliada à cravagem de duas curtas de boa nota, dois palmitos em série e um par de bandarilha no corredor.

O próximo acartelado da noite fora João Salgueiro da Costa. Coube-lhe dar lide a um exemplar, que embora menos colaborante que o que lhe antecedeu, acabou por ter teclas por onde criar faena, adiantando-se numa fase inicial à montada do seu lidador. O segundo comprido resultou algo descaído, recolocando de seguida a mão para deixar outro à tira com qualidade. João tem um toureio clássico e não abdica dos princípios que o trouxeram, com mérito até aqui. Esteve competente na sua série de curtos, priorizando as abordagens frontais, citando em curto, conseguindo deixar de forma cingida o primeiro e terceiro da série, bem com o ferro de palmo com que deu por finalizada a sua primeira aparição. O quinto da ordem de lide, castanho de capa, saiu com pata dos currais e mostrou como os restantes irmãos de camada, uma mobilidade acima da média e que mantém com níveis de atenção elevados, todos os que se encontram numa praça de toiros, sendo premiado de novo, o responsável pela ganadaria com volta ao ruedo. Após um inicio de faena mais intermitente, o ginete teve o mérito de entender os terrenos que deveria pisar, cravando bandarilhas curtas de valor, designadamente a segunda e terceira da série, que motivaram o soar dos acordes da banda. Fechou a sua passagem pela capital do vinho com chave de ouro, provocando, com a frontalidade que lhe reconhecemos, a investida da rês, cravando de alto a baixo como ditam as regras do toureio clássico português, aquele que foi o ferro da noite.

O terceiro da corrida, flavo bragado corrido de capa teve muita qualidade, acudindo aos toques, colaborando para que Luís Rouxinol Jr. pudesse impor o seu conceito artístico. Esteve a gosto durante a função, tendo momentos positivos a destacar. A cravagem do segundo curto da série foi de execução acima da média, havendo uma sintonia assinalável no momento de reunir, mostrando mão certeira. Pena foi que no momento de deixar a terceira curta, tivesse consentido um toque na sua montada o que acabou por lhe retirar o brilho que a mesma teria. Soube dar a volta ao texto, terminando com uma curta e um palmito de considerável execução. O último exemplar envergava uma pelagem negra salpicada, exibindo um trapio assinalável, muito devido à grande córnea que possuía. Após uma passagem em falso na fase de compridos e outra a anteceder a cravagem da primeira curta da série não é justificável a concessão de música nesse momento, até porque anteriormente o critério fora diferente. Infelizmente os momentos protagonizados pelo cavaleiro de Pegões que se seguiram não vieram tapar o erro cometido pela inteligência, dado que se somaram, mais quatro passagens em falso, podendo-se considerar como a lide menos conseguida da noite.

As pegas estiveram, neste festejo, a cargo dos grupos de forcados amadores de Coruche e do Cartaxo.

João Mesquita, envergando as ramagens da formação que viajou desde o concelho do Sorraia, foi o primeiro a avançar. Teve impecável a captar a atenção do toiro com a voz, mesmo quando este tentava dispersar, estando elegante a citar. Após algumas ameaças de se arrancar, quando sentiu o convicto pisar da arena do forcado, investiu com alegria e velocidade. Reuniu com a eficácia que se pretende, acoplando-se na cara do astado, não consentindo derrotes laterais que o tentassem retirar. Igualmente competentes estiveram os restantes elementos que o seguiram, consumando-se desta forma uma pega tecnicamente perfeita ao primeiro intento. A João Formigo coube tentar a pega do terceiro da ordem. Na tentativa inicial não conseguiu fechar-se, o que não permitiu que os restantes elementos entrassem para o auxiliar. À segunda cumpriu com o trabalho de forma meritória, consentindo uma investida por baixo, o que nem sempre facilita o labor de um moço forcado. Para fechar a atuação do grupo, foi Duarte Gomes quem avançou. O momento da reunião não resultou como desejaria, acabando por sofrer uma voltareta sem consequências, visto que acabou por cair de pé na arena. Na segunda, denotando algum nervosismo normal dada a sua menor experiência, lá conseguiu fechar-se, suportando uma série de derrotes após uma fuga da rês ao grupo, não tendo tido a capacidade de aguentar até que os seus colegas o auxiliassem. Consumou ao quarto intento, com ajudas carregadas.

Bernardo Sá foi o primeiro eleito pelo cabo do grupo local. Viu o animal arrancar-se mal o observara, não tendo havido o discernimento para reunir com maior eficácia. Na segunda tentativa, fechou-se à barbela com a convicção que lhe faltara anteriormente, estando competente a formação a fechar. A quarta pega da noite foi realizada por Tiago Fonseca à primeira tentativa. Citou a passo, suportou uma extemporânea investida, conseguindo reunir com o afinco necessário para a efetivação. Vasco Campino teve a missão de finalizar a noite. Não teve a capacidade de entender o seu toiro e quando recuava, deixou passá-lo ao lado. Na segunda tentativa conseguiu consumar, após aguentar uma sequência de derrotes sozinho, dado que o toiro investiu numa trajetória circular, fugindo à restante formação em praça.

O curro da ganadaria Lima Cabral foi responsável por um espetáculo bastante interessante, impondo aos artistas que se dedicassem para conseguir lides e pegas positivas, o que na geralidade, acabou por suceder. São corridas assim que fomentam o gosto e o interesse pela tauromaquia, não se dando pelo movimento dos ponteiros do relógio, o que diga-se, nem sempre sucede! A procura de comodidade por parte dos artistas aliada à falta de toiro em grande parte dos festejos motiva um desligar do farol que guia os aficionados, o que prejudica gravemente a tauromaquia.

A corrida foi dirigida pelo delegado técnico tauromáquico Fábio Costa, assessorado pelo Dr. José Luís Cruz e pelo cornetim José Henriques.

Texto e Fotos: Rodrigo Viana

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